Resultados da Intel ficam abaixo das projeções

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O bom resultado da Intel em termos de lucro no quarto trimestre de 2005 não foi suficiente para convencer os investidores de que a empresa terá crescimento sustentável no decorrer do ano.

Apesar de ter apresentado lucro líquido de US$ 2,45 bilhões no período, crescimento de 16% em comparação com os três últimos meses do ano retrasado, as receitas no trimestre ficaram abaixo do esperado pelos analistas e pela própria empresa, o que muitos enxergam como sinais de que o mercado de tecnologia pode enfrentar uma desaceleração.

Embora as receitas da Intel tenham registrado aumento de 6,25%, de US$ 9,59 bilhões para US$ 10,2 bilhões, a cifra ficou abaixo das projeções feitas anteriormente de fechar os últimos três meses do ano com US$ 10,4 bilhões a US$ 10,6 bilhões. A fabricante de chip alega como causa o fato de as vendas de processadores para desktop terem ficado aquém das expectativas, conforme relatório do seu balanço divulgado nesta quarta-feira (18/1).

Em entrevista ao jornal americano The Wall Street Journal, os executivos da Intel responsabilizaram os resultados abaixo do previsto a problemas no suprimento de componentes para seus chips. Durante conferência à imprensa na tarde de hoje, via web cast, o presidente e CEO da Intel, Paul Otellini, procurou acalmar os investidores ao dizer que o estoque está voltando ao normal e que a empresa espera estabilizar os níveis ainda neste primeiro trimestre.

Mas o ponto que mais preocupou os especialistas foi a revisão das estimativas para o primeiro trimestre de 2006. A companhia rebaixou as projeções de receita de US$ 9,7 bilhões para US$ 9,1 bilhões e a expectativa é que a sua margem bruta caia para 59%.

No acumulado do ano, a Intel registrou receitas de US$ 38,8 bilhões, 13,5% superior aos US$ 34,2 bilhões consolidados em 2004. Já o lucro líquido foi de US$ 8,66 bilhões, um crescimento de 15% no mesmo período. Na divisão por regiões geográficas, a companhia obteve receitas de US$ 5,1 bilhões na Ásia-Pacífico, enquanto que no Japão, que é contabilizado à parte, o faturamento foi de 945 milhões de dólares. Na Europa, entretanto, os resultados permaneceram estáveis em US$ 2,3 bilhões.

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