As empresas brasileiras subestimam os riscos à TI, relacionados principalmente a falhas humanas ou crimes cibernéticos, segundo estudo feito com especialistas da Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS), companhia de seguros especializada nos setores corporativo e industrial. Apenas 6% deles consideram que os clientes estão realmente cientes do cenário.
A tendência é observada também quanto a possibilidades de “apagões” de energia, o que afetaria de sobremaneiratodo o negócio. “A confiabilidade do fornecimento de energia vai diminuir no futuro por causa do envelhecimento da infraestrutura e da falta de investimentos substanciais", explica o chefe de pesquisa e desenvolvimento da AGCS, Michael Bruch. As consequências são muito maiores hoje do que há dez ou 15 anos, dada a elevada dependência das corporações em relação às tecnologias da informação e comunicações (TICs).
A pesquisa reuniu opiniões de 529 especialistas em seguros corporativos e industriais da Allianz sobre os riscos mais importantes que empresas em 28 países, de diferentes setores, podem enfrentar neste ano. Outro dado importante se refere à mão de obra especializada no Brasil. Segundo o estudo, o país deve enfrentar a escassez de profissionais qualificados e o envelhecimento da população, com 16,7% das respostas dos especialistas. Ambos os problemas estão entre os dez maiores riscos, ao contrário da média global.
Apesar dessas particularidades, o Brasil se iguala ao restante do mundo no que se refere aos três maiores riscos previstos para este ano: paralisação do negócio por falha na cadeia de suprimentos; desastres naturais, como enchentes; e incêndios e explosões. Para os especialistas, esse resultado está associado à globalização, nivelando as preocupações das companhias com atuação mundial.