Bancos se unem para plataforma única de pagamento por celular

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Os bancos brasileiro (precisamente 130 deles, associados à Febraban) decidiram atuar em consórcio para explorar o mercado de pagamentos e transferências financeiras por celular no País. Em decisão tomada em janeiro, os bancos acertaram que explorarão este mercado conjuntamente, tanto na cadeia de crédito (em que existe um "acquirer" responsável pela arrecadação dos pagamentos) quanto na cadeia de conta (com transferência direta entre contas bancárias). O projeto já foi comunicado ao Banco Central. A idéia é lançar a plataforma unificada até o final de 2010, com as bases de dados de todos os bancos integradas em uma clearing house, como é hoje o mercado de transferência eletrônicas interbancárias (TED), ou da portabilidade, no caso do celular. Mas há uma série de etapas a serem cumpridas até que o projeto saia do papel. A primeira etapa é uma consulta aos principais fornecedores de plataformas para redes de celular. Nessa consulta, serão analisados os processos de comunicação via celular que possam representar fragilidade de segurança para os bancos, aspecto considerado crítico para o sucesso do projeto. Em seguida, vem a etapa da formulação do modelo de negócios, para a qual será contratada uma consultoria especializada. A parte mais delicada deve ficar para o fim: a negociação com as operadoras. Os bancos pretendem chegar para as teles com um modelo bastante formatado e tecnicamente resolvido. Há a consciência de que, sem uma participação efetiva dos operadores de celular estimulando o uso do celular para transações financeiras, o projeto tem grande risco de empacar, como aconteceu com o projeto Mobipay, executado pelos bancos da Espanha. E para que as celulares se animem, elas precisam ganhar de alguma maneira. Esse é o ponto que ainda não está claro no projeto dos bancos e que deverá ser resolvido até o final de 2010. Se as coisas saírem da forma esperada pelos bancos, contudo, o mercado de pagamentos por celular deve finalmente decolar no Brasil. Hoje, a única iniciativa concreta é a da Oi, que criou o Oi Paggo, uma espécie de cartão de crédito via celular. A Vivo também promete anunciar em breve uma solução.

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