A Oracle divulgou os resultados financeiros do terceiro trimestre do ano fiscal de 2014, encerrado em 28 de fevereiro, que ficaram abaixo das estimativas. O lucro da empresa totalizou US$ 2,56 bilhões, o que representa um ligeiro crescimento de 2,4% na comparação com os US$ 2,5 bilhões obtidos em igual período do exercício fiscal anterior. A receita contabilizou US$ 9,3 bilhões, alta de 4% em relação aos US$ 8,95 bilhões registrados um ano antes.
Maior fabricante mundial de software de banco de dados, a Oracle, segundo observadores do mercado, vem enfrentando forte concorrência da Salesforce.com, fornecedora de software por meio da nuvem e que tem como carro-chefe seu programa de gestão de relacionamento com o cliente (CRM, na sigla em inglês). Isso, mesmo com seu CEO, Larry Ellison, tendo gasto US$ 50 bilhões para adquirir cerca de cem empresas na última década, para tentar torná-la uma fornecedora de software em nuvem.
O analista do UBS AG, Brent Thill, observa que nos segmento de banco de dados a empresa tem perdido fatias significativas para a Microsoft e, no lado dos aplicativos, ela enfrenta também a concorrência da gigante alemã SAP. "Além do fato de as empresas estarem se mudando para concorrentes baseados em nuvem", disse ele à Bloomberg.
De todo modo, a Oracle é hoje a segunda maior fabricante de aplicações de negócios, atrás apenas da SAP, e entrou no mercado de servidores com a aquisição da Sun Microsystems, em 2010, o que tem se mostrado um negócio acertado. Tanto que a receita com produtos de hardware subiram 8%, para US$ 725 milhões apenas no trimestre.
Os resultados não agradaram Wall Street. As ações da empresa no chamado after-hours trading — negociação após o fechamento da Nasdaq —, nesta terça-feira, 18, fecharam a US$ 37,50, queda de 3,45% em relação ao encerramento do pregão do dia anterior.