A IBM divulgou nesta segunda-feira, 18, os resultados financeiros do primeiro trimestre deste ano com uma queda na receita de 4,6% e de 13,5% no lucro ainda em razão da reformulação do seu negócio para o mercado de software e serviços prestados através da nuvem, tecnologia de análise de dados e soluções cognitivas.
O lucro no período totalizou US$ 2 bilhões contra US$ 2,3 bilhões obtidos em igual trimestre de 2015, enquanto a receita contabilizou US$ 18,6 bilhões ante US$ 19,6 bilhões um ano antes. A receita do grupo de computação cognitiva da empresa diminuiu 1,7% ano sobre ano, para US$ 4 bilhões. A cifra inclui serviços de processamento de transações tradicionais usados por bancos e sistemas de reservas das companhias aéreas, que caíram 5% durante o trimestre.
Já o negócio de computação em nuvem da IBM se saiu melhor. As receitas cresceram 34% em relação a igual trimestre do ano anterior, incluindo as vendas da Bluemix, plataforma de desenvolvimento de aplicativos em nuvem e a SoftLayer, plataforma de hospedagem de serviços em nuvem, bem como hardware vendidos aos clientes.
Para analistas, a transição da IBM do modelo de negócio baseado na venda de licenças de software (on premises) para o modelo de venda de software como serviço (SaaS) por meio da nuvem tem sido difícil, já que o negócio de venda de licenças está encolhendo mais rapidamente do que o negócio de nuvem.
"A maior parte da nossa transformação está realmente em torno de habilidades para essas novas áreas", disse o diretor financeiro (CFO) da IBM, Martin Schroeter. Segundo ele, a IBM gastou mais de US$ 9 bilhões em aquisições no ano passado para comprar cerca de 20 empresas justamente para obter expertise em várias das novas áreas.
Os resultados não agradaram Wall Street. As ações da IBM caíram 5,16% no after-hours trading, negociação após o fechamento da Nasdaq, e fecharam negociadas a US$ 144,66, no pregão desta segunda-feira. Desde que a CEO Virginia Rometty assumiu o comando da empresa em janeiro de 2012, as ações já caíram 17%.
