O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulga nesta terça-feira (18/4), o estudo 'Propriedade Intelectual — dados & fatos — Cidades Inteligentes, que traz um panorama mundial de patentes associadas a 'Cidades Inteligentes', nos principais campos tecnológicos: conectividade, segurança, mobilidade e sustentabilidade.
O levantamento, direcionado a gestores públicos e ao setor privado, mapeia quais são os principais agentes que estão realizando investimentos e pesquisa nessas tecnologias, e a evolução do interesse pelo tema nos últimos tempos no Brasil e no mundo.
O 'PI — dados & fatos — Cidades Inteligentes é resultado da parceria do MDIC com o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), por meio do Núcleo de Inteligência em Propriedade Industrial (NIPI), colegiado vinculado ao MDIC.
As 'Cidades Inteligentes' usam a inovação de forma mais abrangente (tecnologia, infraestrutura, logística) para melhorar o ambiente urbano, segundo conceito trago pelo estudo. Esse universo agrega conceitos, como dos veículos autônomos e conectados, internet das coisas (5G), realidade aumentada e virtual, e-health, entre outros.
O material mostra que, na área de tecnologia das 'Cidades Inteligentes', o domínio atual é da China, Estados Unidos da América, Coreia do Sul e Japão. O trabalho reconhece o crescimento recente no número de patentes nessa área de conhecimento no Brasil. Indica, entretanto, a necessidade de fortalecer o foco a questões mais próximas da realidade nacional, em temas tropicalizados, como energias renováveis e o combate a doenças endêmicas, além dos desafios de garantir maior acessibilidade, comunicação e melhores serviços em locais de difícil acesso.
Pelo estudo, hoje o Brasil possui 6 projetos patenteados de 'Internet das coisas'; e 3 projetos em E-Health. E não há, por exemplo, projetos de 'veículos conectados' e 'Realidade aumentada e virtual', áreas com grande potencial de crescimento, tanto para implantação em cidades brasileiras como para a realização de parcerias comerciais.
O economista da ABDI, Rogério Dias Araújo, lembra que subsidiar políticas públicas capazes de estimular o desenvolvimento produtivo e tecnológico, com enfoque no processo de transformação digital, faz parte dos objetivos da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial. "Estudos como este são relevantes para o país, já que promovem a melhoria dos ambientes urbanos e seu crescimento econômico e sustentável, com a incorporação e uso de tecnologias de vanguarda", aponta Araújo.