De acordo com o estudo Global Digital 2018, publicado por We Are Social e Hootsuite, cerca de 4 bilhões de pessoas ao redor do mundo têm acesso à internet, sendo que boa parte desse número se conecta preferencialmente pelos smartphones.
Por ser de fácil manuseio, esses aparelhos caíram no gosto da população, que não pensa duas vezes em utilizá-lo para conversar com os amigos, solicitar um táxi, encaminhar um e-mail profissional e consultar o saldo bancário. Contudo, uma relação que até pouco tempo atrás era impensável acontecer por meios virtuais começa a ganhar corpo também: aquela entre médicos e pacientes.
Uma pesquisa recente realizada pela Associação Paulista de Medicina e pelo Global Summit Telemedicine & Digital Health apontou que cerca de 82% dos médicos paulistas usam a tecnologia para auxiliar seus pacientes, sendo que a maioria aponta o WhatsApp como uma ferramenta útil para contato eficaz entre ambos.
Carlos Eduardo Spezin Lopes, CEO da Doctoralia no Brasil, plataforma de de agendamento de consultas, vê com otimismo tal mudança. "É evidente que, nos últimos anos, as tecnologias da informação avançaram em todas as áreas de nossas vidas, incluindo a saúde, e que os especialistas precisam se adaptar a elas. Um médico do século 21 deve estar familiarizado com as ferramentas digitais disponíveis, o que também implica num novo relacionamento com o paciente", afirma.
Para o executivo, essa facilidade de contato pode aumentar a expectativa de vida das pessoas, já que as incentiva a marcarem consultas médicas com mais frequência. "Com as tecnologias atuais, o paciente, além de ter um contato quase instantâneo com o seu médico, pode realizar agendamentos de consulta com um simples toque de celular, evitando assim longas filas de espera ou até mesmo ligações intermináveis para uma central. Dessa forma, se sente motivado a sempre estar cuidando da saúde".
A pesquisa realizada pela Associação Paulista de Medicina confirma essa tendência. Quase 68% das respostas concordam com a frase "a tecnologia não vai substituir o médico, mas pode substituir o médico que não usa tecnologia". Já 83,89% acreditam que os aparelhos celulares serão capazes de funcionar como guardiões da saúde, possibilitando que as pessoas monitorem certos aspectos da saúde em suas próprias casas.
Por outro lado, o médico que opta pela adoção de serviços tecnológicos consegue otimizar o seu tempo e se dedicar mais a tarefas estratégicas. "Agora, ao invés de recorrer apenas a agendas e controles manuais, o profissional de saúde já tem à sua disposição ferramentas digitais que fazem a gestão completa de seu consultório, tendo, assim, acesso a informações estratégicas que deixam seu paciente cada vez mais satisfeito", explica Lopes.
obrigado pelo artigo, há algo em que pensar