Nos últimos seis meses, o número de e-mails com malware (software malicioso) mais que dobrou em todo o mundo, chegando a 23,7% do total das mensagens, segundo estudo da Symantec, produtora de software de segurança. A taxa de mensagens indesejadas (spams) mundial chegou a 77,8% em julho, um aumento de 4,9 pontos percentuais em relação ao mês anterior. Os dados da pesquisa sobre conteúdos maliciosos de julho indicam uma estratégia mais agressiva por parte de cibercriminosos, com maior uso de automação para aumentar as atividades ilegais.
De acordo com a Symantec, o Brasil é o segundo país responsável pelo envio de spams, com 13,1%, atrás apenas da Índia, com 15,5%. Segundo a pesquisa, a indústria automotiva é a mais atingida por spams em todo o mundo, com 80,7% das mensagens indesejadas.
O levantamento, que detalha diversos tipos de ameaças na web, chama atenção para o aumento do número de sites com malwares ou outros programas que podem danificar computadores. Em julho, a média diária de sites identificados com esses conteúdos foi de 6,7 mil, um aumento de 25,5% em relação ao mês passado.
"O número de variantes ou diferentes linhagens de malwares envolvidas em cada ataque cresceu cerca de 25 vezes nos últimos seis meses', destacou Paul Wood, analista sênior da Symantec. Segundo ele, essas variações dificultam a identificação de ameaças pelos métodos tradicionais de segurança, comumente relacionados a arquivos compactados (zipados) ou em pdf.
A pesquisa apontou também que um a cada 319,3 e-mails foi identificado com distribuição de pishing, enquanto um em cada 280,9 e-mails distribui malwares. Além disso, 35,9% dos domínios bloqueados por malware eram novos – o que indica um aumento no registro de sites feitos apenas para distribuição de conteúdo malicioso.
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