Os brasileiros estão dispostos a aderir às novas possibilidades que a tecnologia vem oferecendo em relação aos métodos de pagamento digitais. É o que mostra a terceira fase de uma pesquisa promovida pela Rapyd, fintech unicórnio fundada em Israel que facilita a integração entre empresas e clientes ao redor do mundo, unificando mais de 900 métodos de pagamento em mais de 100 países. O estudo contou com a participação de 435 pessoas, entre homens e mulheres, de 20 a 65 anos, com o objetivo de avaliar mitos, medos e hábitos relacionados a meios digitais de pagamento.
Sem papel-moeda nem cartões plásticos, o consumidor já se sente, no geral, confiante em usar alternativas virtuais para transferir e receber valores. Das tecnologias que estariam dispostos a experimentar, podendo escolher mais de uma opção, 80% marcaram redes sociais (Facebook, Instagram e WhatsApp, por exemplo) ou plataforma como GooglePay e Apple Pay. Porém, apenas 36% optaram por criptomoedas e 22% por pagamentos por voz (Siri e Alexa, por exemplo). Ficou claro que os brasileiros ainda são mais resistentes a essas duas modalidades: quando a pergunta foi "qual tecnologia seria mais difícil de adotar?", 50% escolheram os métodos por voz e 49%, as criptomoedas.
O que parece não ter muitas barreiras para se popularizar por aqui são as vendas ao vivo nas redes sociais. O público brasileiro ainda não está muito habituado, mas se mostra receptivo. Na amostra, pouco mais da metade afirmou estar familiarizado e já ter visto uma transmissão desse tipo. A maioria (79%) nunca comprou nada, mas estaria disposta (69%) a comprar.
Essa inclinação é reflexo da elevada credibilidade que os influenciadores têm conquistado. Tanto que, em outra questão da pesquisa, 60% dos entrevistados afirmaram que aceitariam contribuir com uma comissão para os influenciadores por conteúdos relevantes.
De acordo com o estudo, 96% aceitariam usar outros meios de pagamento parcelado, que não fosse cartão de crédito. Outros 25% foram taxativos em dizer que não aceitariam pagar nem receber valores por criptomoedas. Apenas 9% afirmaram não estarem dispostos a usar alguma dessas novas tecnologias
Quanto ao varejo eletrônico, 54% disseram estar familiarizados com as vendas ao vivo via redes sociais e 59%, ter acompanhado uma transmissão desse tipo. E, embora apenas 25% disseram já ter comprado alguma coisa nessa modalidade, 69% dos que ainda não experimentaram garantiram que estariam dispostos a compra. Por fim, 81% disseram crer que conseguiriam fazer uma viagem de 7 dias pelo Brasil, sem notas nem cartões plásticos, usando apenas o smartphone para fazer pagamentos.