A NASA anunciou o lançamento de um programa para facilitar a transferência de tecnologia para startups com o objetivo de criar produtos e serviços por meio do licenciamento de patentes da agência espacial americana.
O acordo foi assinado com a New York Space Alliance (NYSA), responsável por selecionar as startups que farão parte da iniciativa. Duas empresas brasileiras foram pré-selecionadas para participar do programa: Airvantis e Storm Security.
"O programa é pioneiro por facilitar o acesso de startups de todo o mundo a recursos da NASA", afirmou Sidney Nakahodo, CEO e cofundador da NYSA. "A transferência de tecnologia é um exemplo de como investimentos em exploração espacial podem gerar impacto positivo no nosso próprio planeta", mencionou o idealizador da iniciativa em palestra sobre o futuro da economia espacial no último Congresso Brasileiro de Mercado de Capitais, realizado no último mês de setembro em São Paulo e organizado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA) e a B3.
"Pretendemos utilizar tecnologias da NASA para atender empresas de países em desenvolvimento que queiram criar diferencial competitivo por meio do estudo de fenômenos que acontecem na Terra, mas que são melhor compreendidos no espaço", afirmou Lucas Fonseca, presidente da Airvantis, baseada em São Carlos. "Para tanto entregaremos soluções dedicadas utilizando equipamentos instalados na Estação Espacial Internacional".
"A experiência da NASA com imagens e nano-satélites nos ajudará a levar conhecimento às comunidades mais carentes e distantes do Brasil, além de aumentar a segurança das ruas brasileiras com softwares de rastreamento", reiterou Wanderley Abreu Junior, presidente do Storm Group, que tem sede no Rio de Janeiro e filial em Nova York. "A participação no programa será um passo fundamental para a internacionalização da nossa empresa".
Nakahodo, que também é professor na School of International and Public Affairs (SIPA) da Universidade Columbia, em Nova York, ressalta a importância do programa como modelo de internacionalização para as startups do país. "Além de mostrar ser possível colaborar com organizações com o porte da NASA, Airvantis e Storm Group são exemplos de empresas brasileiras que fazem parte das cadeias globais de valores em setores de alta tecnologia".