Um novo passo rumo à equidade de gênero na tecnologia

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Falta de representatividade, síndrome da impostora, crenças limitantes, estereótipos históricos, conciliação entre carreira e maternidade, busca pelas melhores qualificações e uma área ainda dominada por homens. Esses foram alguns dos principais desafios relatados pelas mentorandas da 4ª edição do projeto #SerMulherEmTech, durante o evento de encerramento da mentoria realizada ao longo de 2023. O que prova que, apesar dos avanços, o setor tecnológico ainda apresenta uma grande disparidade de acesso e oportunidades relacionadas ao gênero no Brasil.

Segundo dados do Relatório de Diversidade no Setor TIC da Brasscom (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais), apesar do número de mulheres no País ser superior ao de homens, chegando a 51% da população, a participação feminina é de apenas 39% no setor TIC. E esse percentual é ainda menor quando nos referimos à representatividade de mulheres negras: 11,6%.

Fundado em 2016 como um coletivo de mulheres voluntárias, a missão do #SerMulherEmTech é, justamente, a de ajudar a reverter esse cenário. E a partir deste ano, como Associação formal, o futuro do programa pressupõe desafios ainda maiores e com projetos focados nessa transformação.

Por meio da atração, apoio, incentivo e orientação voltada ao ingresso de mais mulheres, cis e trans, no mercado de tecnologia, o #SerMulherEmTech contempla a realização de mentorias, online e gratuitas, com executivas que conseguiriam superar os desafios apresentados e construir uma carreira de sucesso dentro dessa área tão promissora, e tão estigmatizada.

Cabe ressaltar que o principal foco da Associação para 2024 será, inclusive, ampliar o número de mentorandas atendidas pelo programa, criando planos específicos de desenvolvimento, sobretudo, para meninas e mulheres de baixa renda.

Patrocinado pela Softtek Brasil, multinacional líder no setor de TI na América Latina, na edição deste ano do #SerMulherEmTech, tivemos 255 inscritas, 41 mentoradas e 32 mentoras, em comparação com 101 inscrições, 30 mentoradas e 18 mentoras na 1ª edição do programa. Um crescimento significativo, que nos mostra o aumento do interesse das mulheres pelo segmento, bem como a importância de projetos sociais de fomento a essa inclusão.

Afinal, o programa de mentoria tem por objetivo oferecer não só networking e informações práticas sobre habilidades e qualificações necessárias, mas, principalmente, troca de experiências com quem entende bem sobre as oportunidades e os desafios enfrentados pelo público feminino neste mercado.

Mais do que uma capacitação, estamos falando aqui de empoderamento, amparo, apoio, sororidade e crescimento de todas as participantes, que abrange tanto as mulheres que desejam iniciar uma carreira do zero, como as que estão passando por um momento de transição ou retomada.

Até porque se há uma certeza, além da que ainda temos um longo caminho rumo a um mercado tecnológico mais inclusivo e equânime, é que somente juntas conseguiremos avançar cada dia mais nesta jornada.

Silvana Fumura, presidente do #SerMulherEmTech.

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