Ex-executivo suíço que entregou dados ao WikiLeaks é condenado

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O ex-executivo suíço da área bancária, Rudolf M. Elmer, que diz ter entregado a Julian Assange, fundador do WikiLeaks, informações sobre sonegadores de impostos foi condenado a pagar uma multa de mais de 6 mil francos suíços (o equivalente a US$ 6,3 mil), por ter quebrado as regras de sigilo do sistema bancário da Suíça.
Elmer, que comandava as operações caribenhas do banco suíço Julius Baer até 2002, declarou ter fornecido ao WikiLeaks dados confidenciais de 2 mil clientes. Em entrevista coletiva na segunda-feira, 17, o ex-executivo informou à imprensa internacional que os arquivos contêm informações sobre evasão de impostos e outras supostas atividades criminosas que empresas e indivíduos podem estar envolvidos.
Elmer se recusou a especificar que tipos de informações há nos arquivos, mas informou que, entre os clientes listados, há 40 políticos e "pilares da sociedade", incluindo homens de negócios e "pessoas que construíram suas vidas em conglomerados multinacionais, de artes e entretenimento dos dois lados do Atlântico". Segundo o executivo, os arquivos referem-se a pessoas e empresas dos Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Áustria e partes da Ásia.
O executivo é alvo de um processo movido pelo banco do qual era diretor por roubo de informações confidenciais de clientes com contas nas Ilhas Cayman. Elmer diz que a divulgação das informações é para que a sociedade saiba que existe "uma grande rede de indivíduos – conglomerados multinacionais e instituições financeiras – que usa a condição de segredo dos bancos suíços para evitar o pagamento de impostos".
Rudolf Elmer é o que a imprensa americana chama de "whistleblower" (soprador de apitos, em tradução literal), pessoa que se diz responsável por divulgar informações secretas de interesse público.
De acordo com as informações preliminares passadas por Elmer, esses grupos que têm contas no banco em que ele trabalhava, escondem bens como casas, empresas inteiras, joias, iates, cavalos e "muito mais". Com informações do New York Times, BBC, Financial Times e The Observer.

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