A Intel ainda pode enfrentar problemas por causa da aquisição da fabricante de software antivírus McAfee na Europa. Segundo fontes ligadas à Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia, ouvidas pelo jornal britânico Financial Times, o órgão regulador europeu ainda não deu sinais de que aprovará o negócio. O mais provável é que dê início a uma investigação mais aprofundada sobre os impactos da transação para o mercado de TI. A compra foi anunciada em agosto do ano passado por US$ 7,7 bilhões.
De acordo com o jornal, a Intel não espera por um revés no negócio imposto pelas autoridades europeias, já que a compra da McAfee passou praticamente despercebida pelos órgãos fiscalizadores dos Estados Unidos, país-sede de ambas as empresas. No entanto, logo depois da compra, os órgãos reguladores europeus pediram que a Intel explicasse os motivos que a levaram a aquisição de uma companhia de segurança da informação.
Explicadas as razões, conta o jornal, a Comissão Europeia passou a temer que a Intel passe a oferecer sistemas de segurança embutidos em seus chips, o que a deixaria numa posição de vantagem em relação às demais fabricantes de chip e aos concorrentes da McAfee. Foi dado, então, até o dia 12 deste mês para que a Intel oferecesse condições para a aprovação da compra. Como as negociações ainda correm sem previsão de término, a Comissão Europeia decidiu estender o prazo em duas semanas, para o dia 26.
As fontes, no entanto, informam que ainda não se sabe ao certo quais são as exigências específicas da comissão. Elas dizem apenas que a compra pode ficar congelada por alguns meses. A expectativa inicial era de que o negócio fosse concluído ainda neste primeiro semestre do ano.
Procuradas pelo jornal, as empresas não quiseram comentar as informações. A Comissão Europeia, por sua vez, disse não poder falar sobre as investigações que ainda estão em curso.
- Resistências