Físico ou Digital? O que mais importa?

0

O setor bancário está em uma evolução tecnológica contínua e o ritmo acelerado dessa inovação vem se revertendo em maior conveniência e segurança para os usuários. Um estudo realizado anualmente pela FEBRABAN, junto aos principais bancos do país, apresenta o estágio da tecnologia bancária no Brasil e suas tendências, expondo e explicando a atual situação.

De acordo com a pesquisa, os consumidores intensificaram a realização de transações em tempo real e o atendimento online – especialmente por aplicativos dos bancos ou mensagens instantâneas. Segundo a amostra, 91% dos bancos decidiram alavancar canais digitais como principal meio de relacionamento e forma de entregar melhor experiência ao cliente e 17% fizeram uma expansão de transações via chatbot.

Diante disso, observamos, por exemplo, o pagamento contactless avançando em uma proporção estrondosa no pós-pandemia. Com a necessidade de reduzir o contato, ele surgiu e se popularizou rapidamente, com todos no Brasil já habituados em realizar pagamentos por aproximação ao utilizar um cartão. 

Além disso, outras tecnologias e novas formas de pagamento surgiram e estão cada vez mais presentes no dia a dia das pessoas, como por exemplo, o PIX, pagamento instantâneo brasileiro. Esse meio de pagamento criado pelo Banco Central (BC) permite que os recursos sejam transferidos entre contas em poucos segundos, a qualquer hora ou dia. O Brasil é o país mais integrado e ajustado às novas tecnologias disponibilizadas mundialmente.

Todavia, isso significa que uma tecnologia substitui a outra? Longe disso! Por mais que tenhamos o PIX presente no cotidiano do brasileiro, quem tem conta em banco segue recebendo e utilizando seu cartão. Em outras palavras, o crescimento no volume total de transações foi especialmente impulsionado pelo aumento das transações com movimentação financeira via canais digitais, porém isso não quer dizer que o físico se extinguiu ou irá se extinguir em breve. 

Ao longo do tempo, a velha frase "o cliente sempre tem razão" foi mudando de tom, mas o foco continua sendo o mesmo, agora em uma roupagem nova chamada de "Customer Experience". Ou seja, o que conta na estratégia de marketing de produtos de uma empresa consiste no conjunto de ofertas que são incorporadas na rotina de seus clientes de forma prática e eficiente. 

Por exemplo, o NFC (Near Field Communication) ou comunicação "sem contato" a curta distância existe há mais de 30 anos. A base do NFC é a RFID, que são etiquetas de identificação com chips inventadas em 1983. Elas permitem responder sinais de rádio, localizar e identificar um objeto ou mesmo uma pessoa. Porém, somente 20 anos depois, em 2003, grandes marcas desenvolveram o NFC para conectar aparelhos próximos de maneira segura e sem contato. Já em 2004, juntamente com a Nokia, as empresas criaram o NFC Fórum, impulsionando esse modelo de tecnologia. Mas foi apenas em 2011 que o NFC passou a se popularizar, com a ampliação da entrada dessa modalidade no Vale do Silício, na Califórnia, onde estão as gigantes de tecnologia, como a Google.

Sendo assim, por que somente hoje vemos uma implementação massiva de tal tecnologia no segmento de meios de pagamentos? Por conta de fatores tecnológicos, questões financeiras e, como sempre, de experiência de usuário, o qual chegamos a um certo nível de infraestrutura e maturidade de mercado que capacitaram a adoção massiva do "contactless" no mundo de pagamentos.

Nessa convergência entre o físico e o digital é importante que as empresas busquem entregar soluções de confiança com inovação e tecnologia de ponta para oferecer um mundo mais seguro e digital, com foco no crescimento de novos negócios.

André Sousa, Solutions Manager da Valid Pay.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.