Um dos mais importantes economistas da primeira metade do século XX, Joseph Schumpeter definiu inovação como o impulso fundamental que mantém em movimento a engrenagem da economia. Olhando por um lado mais amplo, a inovação permeia por todas as áreas, não só a econômica.
A palavra inovação pode ser entendida como o ato ou efeito de inovar, que por seu lado significa tornar novo, renovar, introduzir novidade.
No nosso caso em questão, vamos tratar da inovação na área da Tecnologia da Informação abrangendo toda a sua cadeia, desde o fabricante até o usuário final, passando, obviamente, pelos distribuidores e pelas revendas.
A parte inicial da cadeia tem um papel fundamental nesse processo de inovação, já que, no caso, os fabricantes necessitam buscar sempre inovações tecnológicas em seus produtos para fazer face não só aos desejos de seus consumidores, mas também para estar sempre à frente dos seus concorrentes.
Da parte dos fabricantes, esse é um processo contínuo, pois a sobrevivência das empresas mais e mais depende da agilidade com que essas “novidades” cheguem ao mercado, e as transformem não só em lucro, mas também em reconhecimento do mercado. As empresas têm que constantemente se perguntar: como nossos produtos podem ser melhorados? O que podemos fazer de diferente? O que nossos concorrentes estão pensando e fazendo? Tudo isso leva a inovação, no caso, tecnológica.
A ponta final da cadeia, ou seja, o usuário final também é um alimentador dessa engrenagem, pois está sempre à procura dos produtos mais avançados tecnologicamente. É o efeito da geração Y que está totalmente antenada em todas as novidades tecnológicas. Diríamos que isso já faz parte do DNA dessa geração. E, no futuro, podemos esperar muito mais da nova geração, a que vem sendo chamada de geração Z.
Eles fazem elogios, críticas e sugestões, utilizando-se, muitas vezes, das redes sociais (outra inovação tecnológica de maior repercussão nos últimos tempos), que ajudam as empresas a aprimorar os seus novos produtos, processos etc… Esse também é um instrumento muito utilizado pelos próprios fabricantes para levar as “novidades” a seus potenciais compradores.
Hoje em dia, a busca pela inovação tem levado as empresas a lançar novas versões de seus produtos em prazos cada vez menores. Vejam o exemplo de tablets, onde um deles teve a sua 2ª versão lançada poucos meses após o lançamento da 1ª versão. Isso nos deixa a certeza de que, ao mesmo tempo em que um produto está sendo lançado, já há uma nova versão no forno para ser lançada o mais breve possível. Este é só um exemplo, mas vale para todos os produtos.
No caso dos Distribuidores e Revendas, que ficam no meio da cadeia de fornecimento, têm que estar sempre inovando, sendo criativos para fazer chegar ao usuário final no menor tempo possível, todas as “novidades” lançadas pelos fabricantes.
A velocidade atual das mudanças é muito grande e, temos certeza, irá se manter acelerada no futuro. As empresas investem muito em P&D e estão cada vez mais ágeis no processo de inovação. A pergunta é: em que velocidade virão as novas mudanças? Em segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses, anos? Não sabemos. Temos que aguardar.
Vladimir França é diretor executivo da Associação Brasileira dos Distribuidores de TI (Abradisti)