Na web 2.0, o usuário também é publisher, editor, especialista, editor, crítico e distribuidor. Diante desta realidade, os portais de conteúdo precisam rever seus papéis. O assunto foi debatido no World Web Expo Fórum por Juarez Querioz, CEO da Globo.com, Osvaldo Barbosa, diretor geral do MSN Brasil, e Paulo Castro, diretor geral do portal Terra que, ao comentarem sobre as estratégias das empresas onde trabalham, deixaram claro que só sobreviverão os portais que oferecerem aos internautas diferentes plataformas, facilitando a produção de conteúdo.
Queiroz atentou para a necessidade de mudança na arquitetura dos portais de conteúdo para suportar as novas atividades de mídia. ?Precisamos buscar soluções para a modelagem de dados, transporte e armazenagem de conteúdo, além de repensar o relacionamento com os usuários e estabelecer parcerias entre as diversas plataformas?, diz.
Ele citou como exemplo o uso de ferramentas como YouTube e fotolog na criação do site de inscrição para a 8ª edição do Big Brother Brasil. O objetivo era aumentar o envolvimento dos usuários e permitir que as pessoas ficassem famosas em suas comunidades, postando vídeos e fotos. ?Saltamos de 20 mil para 160 mil inscritos no programa e o site teve 5,6 milhões de visitantes em três meses?, destaca.
O Terra também estimula a participação dos usuários e um exemplo é o ?Você repórter?, em que o usuário pode enviar fotos e informações. ?E o tipo de informação que está fora do alcance de cobertura da grande imprensa?, observa Castro, dizendo que a produção jornalística do portal não se sente ameaçada. ?Temos também blogs editorias que propõe a interatividade com toda a credibilidade da informação?.
Usar o celular como plataforma é aposta dos três portais. Barbosa mencionou a parceria da Microsoft com a Vivo e com a Motorola para que o usuário possa usar o Messenger no aparelho celular. ?É possível oferecer uma experiência de Internet mais rica, integrada e personalizada quando conhecemos melhor o perfil dos nossos usuários?, afirma.