IoT: a importância e a oportunidade para o Brasil

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A sua geladeira faz uma lista de compras e manda diretamente para o fornecedor.  Ou, no supermercado, o painel do seu carrinho de compras acende e mostra uma mensagem com uma oferta que está na prateleira bem ao seu lado.


Mas quem desenvolveu, quem tem os direitos sobre essa tecnologia? Neste momento, isso ainda não está bem definido. O Brasil ainda pode se tornar um ator importante nesse novo cenário.


A Internet das Coisas (IoT na sigla em inglês), já há alguns anos, aparece na imprensa como uma dessas curiosidades que vão fazer parte da nossa vida. Em geral as notícias destacam aspectos do dia a dia.

Outros nomes, além de Internet das coisas, são utilizados para representar a mesma tecnologia: Ubiquidade, M2M (machine to machine), internet do futuro. Independentemente do nome que se venha a utilizar, a tecnologia é a mesma e está sendo desenvolvida. Novas aplicações surgem a cada dia e, com isso, novos horizontes se abrem para os usuários e para os desenvolvedores de tecnologia da informação.


E como em muitas outras tecnologias, os países que se preparam para as oportunidades geradas são aqueles que terão os maiores benefícios.


Partindo da projeção de que a IOT é o futuro próximo da Internet e que ainda é tempo do Brasil se tornar um ator importante no cenário que inevitavelmente surgirá, um grupo de pessoas que atuam em Universidades, Centros de Pesquisa, Empresas e Governo se juntou para criar o IoT Fórum, Fórum de Competitividade em IoT


A principal missão do Fórum é a de estimular a conscientização da sociedade como um todo.  Mas, especialmente a conscientização dos formadores de políticas públicas, para o fato de que, com as medidas corretas, o Brasil pode ser beneficiado.


O sucesso nesta missão pode gerar desenvolvimentos originais que poderão ser utilizados internamente ao Brasil, criando mais competitividade para os nossos produtos tradicionais. E também pode gerar know how em IOT que, por sua vez, vai trazer condições favoráveis à competição no mercado internacional.


O Fórum, que está em processo de estruturação, é o resultado de alguns anos de trabalho. Começou com a identificação da oportunidade que a tecnologia RFID gerava para o Brasil. Nos últimos 4 anos organizamos 5 eventos de RFID/IOT e a partir destes eventos (que envolveram em sua totalidade mais de 350 pessoas ligadas ao ramo de TIC) chegamos ao atual estágio: propor a criação de um fórum permanente.
 

As orientações básicas para a missão do Fórum constam de um documento que está no site do fórum http://www.iotbrasil.com.br/. 

Este é o resumo das premissas e dessas orientações:

1. IoT é o futuro próximo de expansão da Internet.


2. Agora é o momento de o Brasil estimular o uso de IoT.


3. É importante construir uma Agenda Estratégica de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, associada a um Programa de Trabalho que inclua:


a. Projetos de ampla aplicação social e de mercado para acelerar o surgimento de componentes e equipamentos de grande volume e custos competitivos;
b. Formação de recursos humanos qualificados e o estabelecimento de programas de disseminação da informação em escala nacional.


4. Instalação do Fórum, com o objetivo de acompanhar e analisar a evolução da IoT no Brasil e no mundo, com ampla participação de acadêmicos, técnicos, empresários e representantes de órgãos governamentais.


5. Finalmente, mas não menos importante, o Brasil deve se fazer presente internacionalmente em pesquisas e fóruns de trabalhos que visem à padronização da IoT.


O Fórum está aberto a toda a comunidade interessada na Internet das Coisas e está se preparando para poder acolher as contribuições de todos. Estão sendo estruturados grupos de trabalho que deverão pesquisar e gerar documentos de recomendações, cobrindo todas as áreas, desde tecnologia, formação de recursos humanos a padronização e interoperabilidade.


Colabore, entre no site, cadastre-se e ofereça a sua contribuição. O Brasil precisa do envolvimento e da colaboração de todos.

Gabriel Antonio Marão, engenheiro eletrônico, com carreira em empresas como Engesa, IBM e grupo Itaú foi CEO da Itaucom e da Itautec, sendo no momento sócio e CEO da Perception. Está no conselho consultivo da FACTI, Associação CEITEC e ITS

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