O ano de 2020 foi desafiador. A pandemia da Covid-19 não só exigiu uma mudança de modelo de trabalho, como também criou um cenário de incertezas e imprevisibilidades em todos os segmentos de negócio. Foi nesse contexto que a Lozinsky Consultoria realizou a segunda edição do estudo "Jornada do CIO: da realização pessoal à transformação de negócios", a fim de entender a experiência desses profissionais nesse momento histórico para a TI.
A nova edição da pesquisa buscou ouvir as expectativas, dores e planos profissionais dos CIOs diante dessa nova realidade, cruzando esses insights com o estágio de maturidade e transformação das organizações. "Nunca o papel estratégico da TI havia sido percebido tão claramente pelas organizações. Como consequência, os líderes da área encontraram uma valorização maior do seu trabalho, como mostram muitas das respostas do estudo", diz Sergio Lozinsky, sócio-fundador da consultoria e líder do comitê do estudo.
Em 2020, a pesquisa contou com a parceria do grupo CIONET Brasil, que reúne executivos de grandes empresas brasileiras, e da FIAP, escola que forma profissionais e gestores de TI. O objetivo da Lozinsky Consultoria com as alianças foi criar um comitê com perfis diversos e ampliar as perspectivas de análise sobre os dados.
O resultado desse trabalho, que se estendeu de março a dezembro de 2020, é o relatório "Jornada do CIO: da realização pessoal à transformação de negócios". O questionário de pesquisa foi composto por 41 questões, divididas em 6 blocos de perguntas. A amostra é composta predominantemente por CIOs e diretores de TI que atuam em empresas com faturamento acima de R$ 400 milhões – organizações que possuem maiores níveis de sofisticação da TI e complexidade de gestão.
Negócios durante a pandemia
Com a imposição do isolamento social em todo o mundo, as empresas precisaram pensar em como seguir com suas atividades mesmo sem poder contar com a presença física dos colaboradores no ambiente corporativo. Neste momento, a TI entrou em evidência.
"O estudo permitiu ver que os CIOs tiveram um desempenho elevado frente aos problemas e um desenvolvimento pessoal progressivo. Mas as oportunidades de crescimento são limitadas, na percepção deles. É possível entender que alguns talvez já estejam no topo. Mas é possível que essa limitação não seja só pela estrutura de carreira da empresa, mas também pela visão ainda estreita de onde esse profissional pode chegar", explica Sergio Lozinsky.
A pesquisa também indica que formar um bom time de TI – inclusive pensando em sucessão – é o grande, se não o maior desafio do CIO. Essa necessidade inclui a formação de pessoas que possam representar a TI no negócio, o que, hoje, é um gargalo importante para a área.
Outros pontos abordados pela pesquisa são: a qualidade das relações que o líder de TI mantém com equipes e seus gestores diretos; como a resposta da TI à crise foi percebida pelo negócio; quais devem ser as prioridades do CIO com a transformação digital se tornando um movimento mandatório para as empresas; o que representará sucesso de carreira para esse profissional dentro de 10 anos; entre outros aspectos sensíveis e que aproximam a TI do negócio.