O poder de compra dos brasileiros em relação a desktops, notebooks e netbooks teve sensível melhora nos últimos oito meses, de acordo com a 13ª edição da pesquisa Brecha Digital, realizada pela Marco Consultora, empresa especializada no desenvolvimento e implantação de serviços de marketing sob medida. Hoje, por exemplo, é necessário 1,5 salário médio para comprar um notebook no Brasil. Na edição anterior, do ano passado, esse índice era de 1,8 salário.
O levantamento foi realizado nos cinco principais países da América Latina: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e México. O estudo revela que o Brasil possui o segundo melhor salário médio, de US$ 969, atrás apenas do Chile, que possui salário médio de US$ 995. A Colômbia e a Argentina possuem salários médios bem inferiores, US$ 557 e US$ 558, respectivamente. O México possui salário médio de US$ 627.
O Chile, mais uma vez, aparece como o pioneiro no melhor acesso à tecnologia, sendo o país no qual são necessários menos salários médios para se adquirir os computadores avaliados. Isso se deve não só ao alto salário médio, conforme explica Henrique de Campos Junior, consultor sênior da Marco Consultora. "O Chile possui localização geográfica privilegiada, por estar próximo aos fabricantes do Pacífico, além de possuir acordo de importação com países fabricantes e estrutura tributária vantajosa."
A Argentina foi o país com o pior acesso à tecnologia, já que possui o segundo menor salário médio e sua moeda, o peso, sofre depreciação contínua em relação ao dólar.
Preços mais altos
Com relação aos preços dos produtos, também calculados em dólar, os praticados no Brasil são os mais altos da América Latina. Um notebook, por exemplo, tem preço médio de US$ 1.434. Já na Colômbia, o mesmo notebook custa US$ 931. Um PC desktop sai por US$ 1.110 no Brasil, e no México, por US$ 808. Unanimidade em todos os países, o produto mais caro é o notebook. Hoje, no Brasil, para adquirir um PC desktop, é necessário desembolsar 1,15 salário médio, 1,48 salário médio para um notebook, 0,73 salário médio para um netbook e 1,10 salário médio para um tablet.
Comparada à última pesquisa, esta edição demonstrou aumento expressivo do salário médio em todos os países ao longo dos últimos oito meses, subindo de US$ 809 para US$ 969 no Brasil, o equivalente a R$ 1.557 – o maior salário médio dos brasileiros já considerado nas edições desta pesquisa; de US$ 451 para US$ 558 na Argentina; de US$ 745 para US$ 995 no Chile; de US$ 303 para US$ 557 na Colômbia e de US$ 561 para US$ 627 no México.
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