Post content – O período da pandemia pela qual o mercado está passando traz como consequência uma verdadeira reinvenção dos modelos de negócios, que vai marcar para sempre a história das empresas.
Para Paulo Correa, CEO da C&A, essa situação aconteceu com a varejista de moda, pois a Covid-19 acabou gerando uma mudança de comportamento muito rápida, onde começaram borbulhar ideias, como iniciativas de entrega de produtos nas casas das pessoas, de forma segura. Ele participou da webconference #SAS Minds; cenários pós-pandemia, promovido pelo SAS nesta terça-feira,19.
Ele diz que isso poderia ser feito antes, mas exigiria uma transformação cultural, que acabou sendo deflagrada pela Covid, acrescendo "que o dia 20 de março vai ser conhecido como o surgimento de uma nova C&A, uma verdadeira reinvenção da companha, um marco que vai ficar por muitos tempo".
"A pessoa não sai de casa, mas quer se expressar. Quer fazer uma combinação de vestuário, por exemplo. A dinâmica do comportamental está lá, o Covid mudou contexto, mas está lá. Registramos um aumento de vendas de pijamas, ao mesmo outras categorias, como blazer e paletó, o momento não faz mais sentido", relata o executivo.
Hoje a empresa está com 23 lojas abertas em cidades menores onde o vírus teve menos impacto, com funcionários atendendo clientes via whats app, tanto ativamente como reativamente. A C&A participa da campanha "não demita".
Marvio Portela, vice-presidente e gerente geral do SAS Latin America & Caribe, disse que semanalmente participa de uma call conference com executivos do SAS mundo todo, olhando soluções "espetaculares", para que as empresas possam ser reinventar.
Como exemplo, ele citou a inciativa que tinha planejado antes da pandemia, solicitando expansão de escritório da companhia em vários países da América Latina. "Fui rever os argumentos que utilizei para justificar essa solicitação e vi, agora, que não faz mais sentido", exemplifica.
Questionado sobre o planejamento da C&A para enfrenar a crise da Covid-19, Paulo Correa diz que faz construção de cenários, colocando questões como quando as lojas vão abrir? Como foi a experiencia na China? Ouvir os consumidores e fazer cenários financeiros, para tomada uma decisão. "Em 2019 havia orçamento, agora tem cenários, com imprevisibilidades terríveis, que nos forçam a buscar formatos novos para criar novas avenidas para levar C&A à casa do cliente".
Renato Fiorini, gerente de soluções do SAS especializado em gestão de risco, que hoje as empresas devem trabalhar com cenários e testar na pratica quais os mais promissores. Elas estão buscando solução de analytics, para planejar novos cenários montados, pois hoje, com a pandemia, o histórico não é mais válido. "Estabelecer modelos de crédito baseados no histórico hoje não funcionam mais em função da situação atual. Os bancos estão buscando provisão para dar crédito aos clientes, dar um folego de uns 6 meses, tempo que cliente fiel precisa para gerar receitas de novo. Tem de balancear custos, prazos, scores de relacionamento, para evitar a insolvência".
Guga Stocco, founder da DOMO Invest, executivo do Banco Original, um pioneiro da Internet, "nesse mundo volátil o planejamento é uma lanterna, a base é o planejamento anual. No mundo dinâmico, se você não está errando o suficiente não está aprendendo o suficiente".
Segundo ele, "esse novo mundo exige que o CEO seja mais ousado, fazer uma coisa completamente diferente que pode impactar o EBTIDA num primeiro momento, mas que via mudar lá para frente." Como exemplo ele cita a Adobe que passou de uma empresa vendedora de caixinhas de software para o modelo de assinatura como serviço. "Num primeiro momento as vendas caíram, mas a empresa se valorizou no mercado".
As empresas têm que trabalhar no longo prazo, como chineses e Amazon. A gigante do e-commerce quando viu suas vendas caírem globalmente, se voltou para o mercado interno e criou a AWS, que liderou sozinha o mercado de serviços na nuvem por uns 5 anos, para depois receber concorrência de outros players, situação que não acontece normalmente, pois uma empresa com proposta nova em dois anos já tem concorrentes.
[…] As empresas têm que trabalhar no longo prazo, como chineses e Amazon. A gigante do e-commerce quando viu suas vendas caírem globalmente, se voltou para o mercado interno e criou a AWS, que liderou sozinha o mercado de serviços na nuvem por uns 5 anos, para depois receber concorrência de outros players, situação que não acontece normalmente, pois uma empresa com proposta nova em dois anos já tem concorrentes… leia mais em tiinside 19/05/2020 […]