Teletrabalho, aulas on-line, telemedicina e outros avanços digitais vieram para ficar e exigem uma infraestrutura crítica que conte com os melhores serviços de manutenção preventiva.
É possível que, durante os últimos 15 meses, muitas empresas brasileiras tenham feito a transformação digital repentinamente, em poucos meses, tendo de melhorar suas ferramentas tecnológicas sem muito planejamento prévio.
Outras, talvez, tenha se dado conta de que o data center não pode ficar sem cuidados. É precisamente ali, na base de toda a infraestrutura de TI, que está ocorrendo o que garante a continuidade dos negócios digitais.
Um terceiro grupo pode ter concluído que os data centers não são um luxo, mas sim um investimento que retorna em termos de desenvolvimento e de posicionamento da empresa no mercado.
Independentemente do grupo no qual cada data center se encontra, é essencial considerar a manutenção desse ambiente como uma prática essencial para a preservação dos processos tecnológicos.
A transformação digital no comercio eletrônico, por exemplo, que já estava crescendo na América Latina, não deve retroceder aos níveis de antes da pandemia. Essas tendências vieram para ficar e, provavelmente, continuarão crescendo, exigindo cada vez mais da infraestrutura crítica dessas empresas.
De acordo com um estudo global da Mastercard realizado em 15 mercados em 2020, incluindo vários países da América Latina, os consumidores estão cada vez mais se afastando do dinheiro em espécie e optando por experiências de pagamentos digitais e por aproximação – e não pensam em voltar atrás.
O estudo da Mastercard informa que na América Latina, desde o início da pandemia, dois terços dos entrevistados dizem que estão usando menos dinheiro ou então, não usando. 53% dos brasileiros e 41% dos mexicanos e colombianos dizem que planejam usar menos dinheiro.
Quando perguntados sobre as mudanças que acreditam que tenham vindo para ficar, 85% dos colombianos, 69% dos os mexicanos e 63% dos brasileiros citaram pagamentos por aproximação.
Levando em conta esses números, as organizações devem entender que a manutenção preventiva do data center é vital para sustentar o seu negócio e, sobretudo, a economia do país.
A manutenção preventiva ajuda a melhorar o desempenho dos equipamentos de gerenciamento térmico e de energia, permitindo identificar problemas potencialmente muito custosos. A manutenção preventiva não é um luxo, é uma necessidade para um data center saudável, que atue como um negócio lucrativo.
Há passos concretos a serem feitos nessa área.
Supervisionar o funcionamento dos principais componentes do sistema, incluindo os filtros, ventiladores, condensadoras, bombas, umidificadores e os dutos de refrigerante. Fazer as substituições de acordo com as recomendações do final de ciclo de vida.
Fazer verificações de limpeza que garantam que as zonas de filtragem, os ventiladores e o umidificadores estejam livres de resíduos, sujeiras e obstruções.
Verificar os sistemas elétricos, incluindo os fusíveis, as conexões elétricas e os contatores relacionados com o sistema de gerenciamento térmico.
Garantir que todas as funções e configurações funcionem corretamente através de programas preditivos e preventivos sólidos.
O data center não pode parar.
Para atingir essa meta, é necessário investir continuamente nas melhores práticas de manutenção de infraestrutura crítica. O grau de inovação dos data centers é tal que, em muitos casos, é necessário criar equipes com experts internos e externos (de provedores de serviços) para cumprir com os acordos de nível de serviço (SLA) do data center. O Brasil conta com times de elite na área de manutenção de data centers, algo essencial para garantir a continuidade da economia digital em 2021, e além.
Francisco Sales, diretor de serviços da Vertiv América Latina.