O Procon-SP já recebeu neste ano 5.713 reclamações ou pedidos de orientação sobre problemas com a telefonia celular, de 1º de janeiro a 14 de junho, de acordo com balanço divulgado nesta terça-feira, 19. Segundo o órgão, vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, a Claro lidera o ranking das empresas que mais geraram demanda, seguida por TIM, Oi, Vivo e Nextel. As principais causas de reclamações foram a cobrança indevida e serviços não fornecidos.
No primeiro caso, o Procon-SP cita como exemplos alterações de planos pré para pós-pago sem autorização do consumidor ou cobrança de pacote de dados ou serviços de entretenimento não solicitados. Também entram nesse rol dificuldades em cancelar as mudanças não solicitadas. Entre serviços não fornecidos o órgão aponta funcionamento precário, falhas de conexão, inoperância ou queda de sinal frequente e velocidade dos serviços de internet abaixo da que foi contratada.
Segundo o diretor executivo do Procon-SP, Paulo Arthur Góes, o grande problema ainda é a ineficiência do Sistema de Atendimento ao Consumidor (SAC) das empresas. "Infelizmente este ainda é um gargalo não só no setor de telefonia. As empresas precisam investir mais no atendimento ao consumidor de forma efetiva, dando solução aos problemas de forma fácil e rápida." Ele explica que, na fase preliminar do atendimento, quando o órgão procura as empresas reclamadas, o índice de solução dos casos chega a 85%.