A saída ou permanência de Sérgio Amadeu à frente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI) só deve ser definida na próxima ou na semana seguinte. A expectativa é que a decisão seja anunciada quando da divulgação pela ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, da nova política de tecnologia do governo.
Embora Amadeu diga ter um acordo com a ministra de não se pronunciar sobre o assunto, o mercado já dá como certa a sua saída. Levado ao posto pelo ex-ministro José Dirceu, ele estaria aguardando apenas Rousseff tomar ciência de todos os projetos em andamento.
Em entrevista a este noticiário, durante anúncio na quarta-feira 17 da criação da Rede de Usuários de Tecnologias Abertas (ou Otun-Open Technology Users Network), entidade sem fins lucrativos que tem como meta incentivar o desenvolvimento de soluções baseadas em tecnologias abertas, Amadeu deixou escapar que sua saída em nada modificará política de software livre do governo. "A ministra é uma entusiasta do software livre e, à medida do possível, vai intensificar o seu uso em todas as esferas do governo federal", garante.
Apesar da crise que se abateu sobre o governo com as denúncias envolvendo os Correios e o mensalão, Amadeu diz que continua tratando de uma série de projetos no ITI. O argumento dele para a continuidade da política de software pelo governo é que hoje 30% dos servidores dos órgãos federais já rodam programas de código aberto. "Não acredito que alguém vá chegar lá e arrancar todos esses programas das máquinas e começar de novo", diz Amadeu, acrescentando que mesmo na Prefeitura de São Paulo, por onde ele havia passado antes, os projetos envolvendo software livre vêm tendo continuidade com o prefeito José Serra.
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