A qualidade é considerada um diferencial no relacionamento empresa-cliente e essa regra não exclui a área da saúde. Ao contrário, mais e mais hospitais têm adotado ferramentas de TI para dar sustentação aos seus serviços e assim ganhar competitividade. O Hospital Santa Paula, na capital paulista, não foge à regra. A instituição trocou, em 2007, aplicativos desenvolvidos internamente, e que não mais atendia às suas diretrizes, pelo pacote de gestão hospitalar Tasy, da Wheb Sistemas, em julho de 2007.
A substituição causou apreensão quanto à possibilidade de perda de faturamento médio anual de R$ 1,5 milhão, aproximadamente, no período de operacionalização do sistema. Mas as características do Tasy superaram o receio. Resumidamente, o sistema fornece aos gestores uma visão global e integrada da organização, prometendo alto desempenho nas atividades operacionais e estratégicas, além de gerar dados que subsidiam a tomada de decisão e contribui com as melhores práticas de gestão.
"No Santa Paula, o Tasy é único, utilizado como ferramenta principal tanto na área assistencial quanto administrativo. Ele faz toda a gestão, exceto RH (a plataforma Microsiga faz essa administração). Temos outras aplicações que dão suporte à parte assistencial, que estão, entretanto, ligadas ao Tasy", informa Alexandre Dias, gerente de tecnologia da informação e comunicação do Hospital Santa Paula.
O diretor administrativo do Santa Paula, Roberto Schahin, diz que a adoção do sistema serviu como uma alavanca para a profissionalização dos processos do Hospital. "A integração entre os módulos nos deu várias vantagens: a gestão de recursos muito mais eficaz; economia em estoques; maior agilidade no faturamento – o pode ser traduzido em maior eficiência financeira; maior rastreabilidade de insumos; melhor gestão de contratos, por conta das ferramentas de análises; maior segurança ao paciente; e melhor controle de agenda cirúrgica", enumera.
Segundo Alexandre Dias, logo após a implementação, foi possível verificar os benefícios da solução, pois o hospital teve um aumento de 30% no número de pacientes assistidos no pronto-atendimento. "Sem o sistema não teríamos como suportar esse crescimento. Hoje, com o volume atual de atendimento, internação e ocupação, seria praticamente impossível operar o Hospital sem o sistema de gestão. Precisaríamos de muito mais gente e, com certeza, não teríamos como fazer", conta.
O Santa Paula contabiliza, atualmente, cerca de 980 internações por mês, 700 cirurgias, e 9 mil atendimentos do pronto-socorro. Dias informa que houve um aumento nesses números nos últimos anos devido a alguns fechamentos de hospitais da região onde a instituição está localizada, e as demandas, principalmente do pronto-socorro, foram redirecionadas.
Para armazenar todos esses dados gerados pelos aplicativos, o Hospital utiliza um data center interno, com 12 servidores e, este ano, está atualizando o parque de informática, hoje com 350 desktops. Além disso, está em andamento o upgrade em infraestrutura de rede, pois a atual está em vigor há algum tempo e as aplicações superaram a capacidade. Na parte de sistemas existe um projeto para implementar a administração de beira leito, com a utilização de dispositivos móveis como iPads.
O Santa Paula já possui10 tablets e planeja chegar a 30 ou 40 dispositivos até o fim do ano, equipando o grupo de enfermagem responsável pela administração de medicamentos. "Em 2012, projetamos uma nova expansão, para chegarmos a 140 unidades", finaliza o executivo de TI.
- Saúde