Depois de bloquear, na quarta-feira (17/10), o acesso ao site de compartilhamento de vídeos YouTube em diversas cidades chinesas, as autoridades locais daquele país também desenvolveram mecanismos para impedir visitas às páginas de busca do Google, Yahoo e Live, da Microsoft.
Segundo os blogs Digital Marketing e Google Blogoscoped, quando os internautas digitam os endereços do Google, do Yahoo e do Live, além do YouTube, ou ainda qualquer indicação que contenha a palavra "search" (busca, em inglês), o navegador é automaticamente redirecionado para a página de entrada da ferramenta de buscas chinesa Baidu.
Embora o governo chinês não tenha anunciado ou comentado o bloqueio dos sites, a censura à navegação dos usuários da web, no entanto, é seletiva. O objetivo impedir que ?os chineses tenham acesso a conteúdo inadequado?, segundo disse uma fonte do governo chinês, que não quis se indentificar, as agências internacionais de notícias. O sites da Plaboy e da Penthouse, por exemplo, estão disponíveis, enquanto o da BBC, não.
Os bloqueios coincidiram com a realização, nesta semana, do 17º Congresso do Partido Comunista da China, dias em que a livre circulação de notícias de sites estrangeiros poderia expor informações desfavoráveis às políticas do governo.
O Google lastimou o bloqueio. "É lamentável, mas já vimos casos como esse e confiamos que o serviço será reestabelecido em um futuro muito próximo para nossos usuários", declarou um porta-voz da empresa à agência de notícias France Presse.