Indústria eletroeletrônica volta a mostrar sinais de retração em setembro

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Indústria eletroeletrônica volta a mostrar sinais de desaquecimento em setembro, depois de apresentar uma recuperação em agosto, conforme indica sondagem realizada pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) junto às empresas associadas. O relatório aponta que o número de empresas do setor que registraram crescimento nas vendas e no volume de encomendas recuou de 43%, em agosto, para 27%, em setembro. Além disso, o percentual de segmentos que tiveram queda nas vendas foi de 51%, o que representa um aumentou de 20% comparado ao mês anterior.

De acordo com o estudo, após um início de ano favorável, as vendas de equipamentos para infraestrutura de telecomunicações registraram queda nos últimos meses. O mercado de telefones celulares também vem apresentando desempenho abaixo das expectativas. Verificou-se, nos últimos meses, maior crescimento nas vendas de smartphones, enquanto que as vendas de celulares tradicionais vêm recuando. Isso indica que a penetração dos smartphones no mercado de celulares deve ocorrer de forma mais rápida do que era previsto.

Por outro lado, a área de informática, após dois meses considerados fracos, mostrou uma recuperação nas vendas de PCs em setembro, porém abaixo do esperado. Os fabricantes de computadores pessoais avaliam que os consumidores podem estar distribuindo os recursos para aquisição de outros dispositivos, como smartphones e tablets, por exemplo.

Em relação às exportações, o percentual de empresas que declaram ter ampliado as vendas externas no mês de agosto permaneceu em 24%, pelo terceiro mês consecutivo. Já as exportações de produtos do setor no mês de setembro recuaram 16,4% na comparação com o mesmo mês do ano passado, acumulando queda de 3,4% no período de janeiro a setembro em relação a igual período de 2011.

Perspectivas

Em setembro, a avaliação das empresas em relação às expectativas de desempenho do setor eletroeletrônico para o ano, voltaram a recuar. Nessa sondagem, 52% das companhias entrevistadas esperam crescimento em neste ano em relação a 2011, 22%  acham que ficará abaixo do resultado obtido na sondagem de outubro do ano passado (74%), quando foi iniciada avaliação na pesquisa.

Para 58% das empresas, o desempenho do segundo semestre deverá ser melhor do que os primeiro seis meses. Existe expectativa positiva para a retomada da atividade ainda neste ano em função de medidas de estímulo do governo, tais como a desoneração da folha de pagamentos e a redução do spread bancário.

Ainda de acordo com o relatório, a previsão de crescimento do setor para o ano, que estava em 11%, foi revisada para 5% na última pesquisa trimestral da Abinee, fato que coincide com a variação de crescimento do PIB do país, que começou o ano com projeção de incremento de 3,3%, e agora está em 1,54%, segundo dados do Banco Central.

A sondagem de conjuntura realizada em setembro também verificou que, para o próximo ano, 70% das empresas esperam crescimento em relação a este ano, 23%, estabilidade e 7%, queda. Segundo o Banco Central a expectativa do PIB para 2013 é de crescimento de 4%.

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