Estudo da Ericsson produzido pela área de ConsumerLab afirma que visualização de vídeo sob demanda (VOD) e a visualização linear em todo o mundo serão praticamente iguais em apenas três anos. No Brasil, 40% do tempo de visualização diz respeito a VOD, cerca de metade da visualização é feita em uma tela móvel e 22% apenas em smartphones.
De acordo com a oitava edição do Relatório Anual de TV e Mídia, o crescimento da visualização sob demanda continuará aumentando até 2020, a visualização de TV e vídeo por tela móvel (tablets, smartphones e notebooks) registrará aumento de 85% desde 2010, com o smartphone representando cerca de um quarto desse total (um aumento de aproximadamente 160% desde 2010). Além disso, a realidade virtual (VR) se concretizará com um em cada três consumidores se tornando usuários de VR até 2020.
No Brasil, o tempo gasto assistindo a conteúdos de TV e vídeo atingiu o maior nível de todos os tempos – quase 31 horas por semana (incluindo a visualização ativa de TV de programação linear, serviços de internet ao vivo e sob demanda, conteúdo registrado e baixado, assim como DVD e Blu-ray) comparado com 30 horas por semana globalmente.
No entanto, cerca de 70% dos espectadores agora preferem a visualização sob demanda em vez da visualização de TV com programação linear, um aumento de quase 25% desde 2011.
Atualmente, três em cada cinco consumidores já pagam por serviços de vídeo e TV sob demanda e 53% dizem que aumentarão o gasto com serviços sob demanda nos próximos seis a 12 meses comparado com 32% globalmente. A portabilidade também está se tornando um fator importante, com 55% dos consumidores querendo acesso a conteúdos quando estão no exterior.
A visualização em smartphone também está ganhando o seu espaço no Brasil: 84% dos consumidores agora assistem a vídeos em um smartphone, mais do que o dobro de 2012, e o dispositivo agora contabiliza quase um quarto do total de visualização de TV e vídeo.
No Brasil, jovens de 16 a 19 anos são os que mais assistem a conteúdos a cada semana (33 horas). No entanto, o grupo dessa faixa etária já gasta mais da metade do tempo assistindo a conteúdos sob demanda e mais de 54% das horas assistindo à TV e a vídeos é gasta em uma tela de dispositivo móvel.
Os resultados também mostram que embora os consumidores tenham mais acesso a serviços de TV e vídeo do que nunca, o tempo médio gasto pesquisando por conteúdo no Brasil aumentou quase em uma hora por dia, representando um aumento de 20% desde o ano passado. Na verdade, 15% acreditam que se perderão na vasta quantidade de conteúdos sob demanda disponíveis no futuro.Com a experiência do usuário se tornando cada vez mais fragmentada, 7 em cada 10 consumidores agora classificam a descoberta de conteúdo como "muito importante" ao assinarem um novo serviço, enquanto que 83% querem uma "pesquisa universal para TV e vídeo" no Brasil.
As experiências importam
A qualidade social e imersiva da tecnologia de VR está ajudando a adicionar uma nova e valorosa dimensão à experiência de visualização. Com um terço dos consumidores globais projetados como usuários de VR até 2020 (45% no Brasil), espera-se que tecnologia tenha um papel essencial no futuro da TV e vídeo.
No entanto, se o interesse do consumidor em VR realmente aumentar, várias coisas precisarão mudar. Cerca de 60% dos consumidores no Brasil que planejam adquirir dispositivos de VR iriam preferir que os headsets fossem mais baratos e quase metade acredita que deveria haver mais conteúdo imersivo disponível. Aproximadamente, 40% estariam mais interessados em VR se pudessem adquirir um pacote de VR da provedora de TV e vídeo.
Os brasileiros também valorizam as experiências de visualização em alta qualidade, assim como as experiências imersivas: 21% dos consumidores entrevistados dizem já ter acesso a uma tela de TV de 4K UHD e 60% pretendem adquirir uma.
Sobre este relatório
Dados quantitativos foram coletados de 13 países. Aproximadamente 20.000 entrevistas online foram realizadas com pessoas entre 16 a 69 anos no Brasil, Canadá, China, Alemanha, Índia, Itália, Rússia, Coreia do Sul, Espanha, Suécia, Taiwan, Reino Unido e Estados Unidos. Todos os entrevistados possuem uma conexão de internet de banda larga em casa e assistem à TV e a vídeos pelo menos uma vez por semana e quase todos utilizam a internet diariamente. Este estudo representa mais de 1 bilhão de pessoas. Dados qualitativos foram coletados por meio de entrevistas detalhadas conduzidas em realidade virtual (VR) com usuários de VR que falam inglês. Todos esses participantes possuem vários dispositivos e conexão de internet de banda larga.
A pesquisa do Brasil é baseada em 1500 entrevistas online com indivíduos que possuem uma conexão de internet de banda larga em casa e assistem à TV e a vídeos pelo menos uma vez por semana, representando 90 milhões de brasileiros. Sobre o Ericsson ConsumerLab:O Ericsson ConsumerLab tem mais de 20 anos de experiência estudando os comportamentos e os valores das pessoas, incluindo a maneira como agem e pensam sobre produtos e serviços de TIC.