Projetos com uso de blockchaim começam a despontar no mercado brasileiro

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Os casos de utilização da tecnologia blockchain no Brasil ainda são incipientes, mas começam a se multiplicar. Vários casos de uso foram apresentados nesta quinta-feira, 19, no painel sobre experiências empresariais apresentadas no evento Blockchain View, organizado pela Cantarino Brasileiro, que também discutiu a polêmica sobre  a adoção de criptmoedas no país.

A produtora de filmes Bossa Nova, uma das maiores do país, apresentou a plataforma de vídeo Paratii uma nova proposta para se produzir, distribuir, monetizar e consumir vídeo na rede, uma alternativa para YouTube e Vimeo, players que detém 80% do trafego intercontinental e faturam US$ 0,85 em cada US$ 1 gastos em publicidade veiculadas.

O Paratii é um player de vídeo embedável construído sobre protocolos abertos (IFPS e Ethereum) projetado para recompensar todos os usuários que contribuem com o sistema em nível social, econômico ou técnico. Ele não taxa produtores-publishers e devolve a eles o controle sobre 100% da receita gerada, independentemente do modelo de monetização escolhido, que pode ser efetivado pelas moedas virtuais. Ela é uma arquitetura distribuída peer to peer, similar ao modelo bit torrent, que roda na máquina de cada pessoa interessada, portanto dispensando custos dos data centers centralizados.

A Prospera é uma organização aberta, inclusiva, transparente e que segue um modelo econômico exponencial, um ambiente que possibilita a geração de recursos materiais necessários para a sobrevivência das pessoas sem comprometer a liberdade e a criatividade delas. Ela adquiriu os direitos autorais do livro Blockchain Revolution, de Don Tapscot,  promoveu sua edição e distribuição no Brasil, pagando os colaboradores com um moeda criada para isso, a "Prosper",  que é remunerada pela venda do livro ou comercializada para outros interessados.  A empresa tem mais sete livros que pretende lançar da mesma forma.

A falsificação de diplomas universitários sempre  um problema de difícil de identificação, gerando fraudes de toda natureza. Na contratação profissional, concurso públicos, benefícios, etc. Para sanar ou diminuir  esse problema é que foi criado o Meu Diploma, uma solução usando a plataforma de blockchain Ethereum, que deverá em breve estar no mercado.

Já a BuildUp tem uma solução em produção, que se integra com qualquer sistema de recursos humanos, que usa a tecnologia blockchain para comprovar a entrega das informações do e-social, garantindo assim a fidelidade dos dados para os clientes, funcionários  e órgãos do governo envolvidos. "É um processo sem erros, sem riscos, com validação e trilha de auditoria em todas as etapas. Tem carimbo do tempo em todas as fases dos processos", garante Orlando Junior, diretor da empresa. "O modelo de comercialização é como SaaS na nuvem, totalmente escalável", garante o executivo.

Para explorar o nicho de serviços registrais, a Uniproof é uma plataforma criada para permitir o registros de documentos  eletrônicos em cartório de títulos e documentos amparada pela confiança da tecnologia blockchain.

O serviço é oferecido aos usuários que podem registrar documentos eletrônicos com fé publica; e guarda e conservação, no cartório e na plataforma de qualquer documento em substituição ao original, físico ou eletrônico, sem efeitos contra terceiros.

Para os cartórios, cria uma canal rápido e eficaz para recepção, identificação e fluxo de registro dos documentos eletrônicos, preparando-os para a evolução  na criação de novas formas de registro. Flavio Siviero,  diretor da empresa, explica que "teremos de conviver com os cartórios por muito tempo, pois a legislação assim o exige, mas no futuro, com o blockchain, não terão mais razão de existirem".

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