O Google deverá desembolsar a quantia de US$ 22,5 milhões para retirar acusações de que violou configurações de privacidade dos usuários ao utilizarem o navegador Safari, da Apple. A decisão é de um de um tribunal federal em São Francisco, na Califórnia, que aprovou a multa, estabelecida em agosto pela Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês). Segundo a FTC, esta é a maior multa já aplicada a uma empresa norte-americana.
De acordo com o site de notícias Mercury News, a FTC concluiu que o Google teria passado por cima das configurações de privacidade do Safari — tanto em Macs como em iPads e iPhones —, utilizando cookies de navegação para monitorar atividades de usuários para fins publicitários, mesmo que a opção de não-rastreamento estivesse ativada. O Google nega ter realizado qualquer violação legal, mas concordou em desativar os cookies que acessam esses dados.
Um advogado da organização não-governamemental Consumer Watchdog considerou o acordo ineficaz. “Isso não parece policiar muito bem o Google", disse Gary Reback, que também está aconselhando vários rivais do Google que o acusam de violar a lei antitruste em um caso separado, também sob investigação da FTC, a processar o gigangtes das buscas. Reback argumenta que a multa de US$ 22,5 milhões é uma “ninharia” em comparação com os US$ 9,7 bilhões de lucro obtidos pelo Google no ano passado. A FTC chegou ao valor com base no cálculo de que a empresa tenha obtido cerca de US$ 4 milhões de lucro com o rastreamento de dados pelo Safari.