A Corte de San Jose, na California, rejeitou o pedido do Facebook para suspender a ação judicial na qual a rede social é acusada de relacionar, sem autorização, o nome de pessoas a marcas. A juíza Lucy Koh justificou que, enquanto no passado era praticamente impossível para os consumidores quantificarem os danos gerados pela exposição de seus dados na internet, o caso do Facebook representa uma "alegação lógica de que as pessoas são utilizadas para obtenção de ganho de receita com publicidade sem nenhum tipo de aviso".
O Facebook havia pedido ao juiz que rejeitasse o processo, no qual alega que houve infração do estatuto de direito de publicidade com práticas desleais de comércio. Há três semanas, a rede social fechou um acordo com a Câmara de Comércio Federal dos Estados Unidos que estabelece o compromisso e auditoria pelos próximos 20 anos na empresa. Mesmo assim, a ação está mantida.
O processo refere-se às chamadas "Sponsored Stories", publicidade que a rede social exibe em suas páginas, mostrando os contatos e o link para as páginas das empresas, juntamente com um convite para assinar as atualizações da página da empresa em questão. De acordo com o Facebook, esse tipo anúncio começou a ser veiculado em janeiro deste ano e é um dos principais atrativos para os anunciantes.