Ao contrário do Yahoo, o Google se recusa a entregar ao governo dos Estados Unidos o histórico de consultas de seus usuários em busca de indícios de pornografia infantil. Apesar de o procurador-geral ter solicitado à Justiça que force a empresa a enviar a lista, o site de busca não cumpriu a determinação do Departamento de Justiça americano de entregar informações sobre o que as pessoas procuram na internet.
O governo norte-americano quer que a empresa forneça uma amostra de todas as buscas realizadas pelo período de uma semana. O propósito é identificar pessoas suspeitas de pedofilia on-line, seguindo uma lei de proteção à criança aprovada pela Suprema Corte no ano passado e que visa combater a pornografia infantil.
A medida levantou questões sobre a privacidade, já que o governo dos EUA poderia ter acesso aos hábitos de consulta de milhões de americanos. O temor do Google é que essa prática leve a uma evasão de usuários. O Yahoo teria fornecido informações "com restrições", sem fornecer dados de consultas de usuários. Porta-vozes do Google afirmaram que a empresa está disposta a auxiliar o governo americano e que existem formas de fazer isso sem prejudicar os usuários.