O mercado mundial de PC obteve uma expansão expressiva em 2005, com um aumento no volume de entregas de 16,4% no ano, de acordo com relatório da empresa de pesquisa e consultoria IDC. Embora as vendas na América do Norte tenham ficado abaixo das previsões, os mercados da Europa, África e Oriente Médio registraram um crescimento de 17,1% no quarto trimestre, o terceiro consecutivo acima dos 17%. O relatório informa que, ao todo, foram vendidos 208,5 milhões de computadores no ano passado no mundo.
De acordo com o estudo, o aumento foi puxado principalmente pelos micros portáteis. As projeções da IDC indicam que neste primeiro trimestre, os portáteis devem responder por 38% das vendas, que se confirmado representará um recorde em relação aos anos anteriores. O relatório avalia, porém, que os computadores de mesa (desktops) podem ganhar novo fôlego com a incorporação de dispositivos que os transformam em máquinas de entretenimento digital, uma tendência que a IDC já havia antecipado para 2006 e 2007 com o lançamento do Windows Vista, o Viiv da Intel e o endosso dos fabricantes de PCs a essas iniciativas.
A avaliação de Loren Loverde, diretor da IDC responsável pelos relatórios trimestrais da área de PC, é que, apesar da ligeira desaceleração do crescimento no segundo e terceiro trimestres de 2005, a demanda nos últimos três meses permaneceu forte na maioria das regiões do mundo. ?Embora tenha havido muitas instabilidades devido a elevação em muitos países das taxas de juros e dos preços do combustível, além das dificuldades provocadas pela sobrevalorização do euro, o mercado de PCs está em uma boa posição para começar 2006.?
Segundo o relatório, a Dell consolidou sua liderança como principal fabricante de PCs, com 17,2% de market share ? 16,8% no ano anterior ? e um crescimento ano a ano de mais de 20%. Ela foi seguida pela HP, que abocanhou 15,8% do mercado. A Lenovo, que no ano passado comprou a divisão de PCs da IBM, ficou com 13% das vendas, enquanto a Acer ficou com 5,4%. Apple manteve o crescimento de dois dígitos, mas, segundo o relatório, isso ocorreu de forma nitidamente mais lenta que nos anos anteriores.
