Foco em negócios de maior valor eleva lucro da Telefônica para R$ 8,9 bilhões

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A Telefônica Brasil divulga, nesta quarta-feira, 20, o balanço financeiro e operacional de 2018. No ano, a empresa registrou um crescimento no EBITDA recorrente – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – de 5,5%, totalizando R$ 15,4 bilhões, com margem recorrente de 35,6%. Já o lucro líquido, de R$ 8,9 bilhões – valor recorde apresentado pela Companhia – cresceu 93,7% quando comparado com o ano anterior.

O resultado histórico é reflexo da estratégia da empresa em focar em negócios de maior valor com planos pós-pagos e expansão da rede de fibra, além dos esforços de simplificação, digitalização e forte disciplina financeira, aliados a efeitos não recorrentes no segundo e terceiro trimestre de 2018. Mesmo sem os efeitos não recorrentes ao longo do ano, ainda assim o lucro líquido apresentaria alta de 13%.

O fluxo de caixa livre da atividade de negócio apresentou crescimento de 75,3% no quarto trimestre de 2018, atingindo R$ 2 bilhões, impulsionado pela expansão do EBTIDA e otimização dos investimentos em comparação ao mesmo período do ano passado. No acumulado de 2018, o fluxo de caixa livre foi de R$ 6,9 bilhões, representando um aumento de 20,6%, ou R$ 1,2 bilhão, quando comparado com o ano anterior, em função da melhora no resultado operacional.

A receita operacional líquida apresentou crescimento anual de 0,6%, influenciada, principalmente, pelo bom desempenho das receitas de pós-pago, terminais e ultra banda larga. No quarto trimestre de 2018, o avanço foi 0,5%, quando comparado com igual período anterior.

Os custos operacionais recorrentes mantiveram a trajetória de queda e apresentaram redução de 2% em 2018, alcançando R$ 28 bilhões. No quarto trimestre de 2018, os custos registraram redução de 1,4%, alcançando R$ 6,9 bilhões, em um período em que a inflação foi de 3,7%. Com o resultado, a empresa registra o 12° trimestre consecutivo de redução de custos.

Investimentos em alta

Os investimentos da empresa alcançaram R$8,2 bilhões no ano, representando 18,9% da Receita Operacional Líquida. O aporte se concentrou, essencialmente, na expansão da rede de fibra – presente hoje em 241 cidades do país – e na maior cobertura e capacidade na tecnologia 4G e 4.5G.

A operadora concluiu 2018 com 3.100 cidades com a rede 4G, e mil cidades com a rede 4.5G, que permite transmissão de dados com velocidades ainda maiores. Na rede fixa, expandimos nossa rede de fibra para 30 novas cidades, liderando o segmento em toda América Latina, com cerca de 9 milhões de lares passados com a tecnologia fiber-to-the-home (FTTH).

Pós-Pago

A Receita Líquida Móvel apresentou aumento de 3,3% no ano, influenciado por atividades comerciais dentro do segmento, como a expansão de 10,6% da Receita de Dados e Serviços Digitais – que já representa 78,9% do total da receita do serviço móvel –, e maior receita de aparelhos, que cresceu 56,5% no ano, após expandir 70% no quarto trimestre.

O resultado se deve à estratégia da empresa de acelerar e ganhar participação em um mercado relevante e em expansão, por meio do poder da marca Vivo e dos canais de venda da Companhia, que vem atraindo consumidores de alto valor tanto para as lojas virtuais quanto físicas. Esse movimento também é reflexo da atenção e da experiência digital que a Vivo oferece aos seus clientes, seja pelo atendimento via app e com poucos cliques, ou nas novas lojas da empresa, que estão sendo projetadas para oferecer ao consumidor um ambiente conectado, flexível e tecnológico, com atmosfera colaborativa e integrada.

O total de acessos móveis em 2018 foi de 73,2 milhões. O segmento pós-pago seguiu com crescimento consistente, alcançando mais de 3,6 milhões novos acessos no ano – 990 mil somente no último trimestre de 2018 –, um aumento anual de 7,5%. A base pós-paga já representa 55,2% dos acessos móveis, representando um crescimento de 6,2 pontos percentuais no comparativo anual.

No ano, a Telefônica Brasil liderou o mercado novamente em termos de adições líquidas pós-pago, com 31,1% de share, registrando 40,5% de market share em dezembro de 2018. A Companhia continua sendo líder em terminais com tecnologia 4G, com participação de 31,3% – o que representa uma distância de 4,7 pontos percentuais do segundo colocado – mantendo a qualidade da base de clientes e estratégia da empresa centrada em dados e serviços digitais.

No mercado de Machine-to-Machine (M2M) a base de acessos segue em forte expansão e atingiu 8,2 milhões de clientes em dezembro de 2018, representando um crescimento de 29,9% quando comparado ao ano anterior. A Vivo segue como líder neste negócio, com 41,5% de market share em dezembro de 2018.

Crescimento em Fibra impulsiona a transformação do negócio fixo
A Receita Líquida Fixa apresentou queda anual de 3,8%, influenciada pela queda natural das receitas de voz e pela redução da tarifa de interconexão fixa. No quarto trimestre de 2018, a redução foi de 3,5%, em relação ao mesmo período do ano passado. Porém, parte desta redução na receita foi compensada pela evolução positiva em banda larga, que fechou 2018 com crescimento de 13,7%, influenciado pelas receitas em Ultra Banda Larga, que registrou evolução anual de 26,4%. No quarto trimestre do ano passado, comparado ao igual período do ano anterior, o aumento foi de 33,8%.

Já as receitas exclusivamente de fibra cresceram 44% no último trimestre de 2018 em relação ao igual trimestre do ano anterior. O sólido crescimento da receita do segmento acompanha o volume de acessos, que cresceu 46,8% no trimestre, com 152 mil novas adições líquidas.

No segmento de TV por assinatura, a receita registrou crescimento anual de 1,2% após expandir 4,9% no quarto trimestre. Tais resultados refletem a estratégia mais seletiva para o serviço, com foco em produtos de maior valor, como o IPTV, cuja receita cresceu 59% no trimestre em relação ao igual período do ano anterior. A evolução da receita acompanhou o aumento de 52,1%, no quarto trimestre, nos acessos desta tecnologia.

A Receita de Dados Corporativos e TI apresentou queda de 2% no último trimestre do ano, devido à volatilidade característica desta receita e eventual negociação de grandes contratos B2B. No fechamento do ano, a redução foi de 4,0%. Todavia, as receitas de novos serviços como dados, cloud e outros serviços de TI continuaram apresentando bom desempenho ao longo dos trimestres.

1 COMENTÁRIO

  1. Muitos enchem a boca para falar dos beneficios da privatização no Brasil. Mas o que temos visto no caso da telefonia em São Paulo, uma das maiores cidades do planeta é um descaso. Quem nunca teve problemas com cobranças erradas? Pior pagamos 100% de serviço e mesmo tendo leis que dizem que comprar por um serviço que não presta esta sujeito as leis, somos submetidos a um verdadeiro matadouro pois a empresa que se comprometeu a levar serviços de internet e telefonia simplesmente largou a periferia e ninguem faz nada mesmo a Telefonica sendo obrigada a prover. E esta claro que não vai mudar nada. Hoje a internet é necessaria porque se estuda e trabalha via internet.

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