A Brasil Telecom (BrT) pretende oferecer até o final do primeiro semestre uma ferramenta de busca capaz de identificar resultados dentro e fora do portal da operadora, ou seja, na internet. A empresa, no entanto, ainda está negociando com Google e Yahoo para o fornecimento da plataforma.
?Estamos conversando com essas empresas para entender o modelo de negócio?, diz Rafael Magdalena, gerente de serviços de valor agregado da BrT.
A estratégia da operadora é ter a ferramenta disponível com a entrada da rede de terceira geração, prevista para abril. Pelo cronograma revelado por Magdalena talvez a terceira geração chegue um pouco antes da ferramenta de busca. ?O prazo da 3G é até abril. ?Até? é a palavra-chave?, brinca ele.
Segundo o executivo, o cliente vai pagar um preço razoável pelo aparelho e pelo uso da rede de 3G, então é papel da operadora oferecer ferramentas para que ele possa usufruir ao máximo da tecnologia; é nesse contexto que entra a busca para celular.
A BrT hoje possui uma ferramenta de busca só para o seu próprio portal, desenvolvida pelo parceiro white label (modelo onde não aparece a marca do desenvolvedor), M4U. De todo conteúdo vendido pela operadora, 20% é oriundo da ferramenta de busca.
Modelo
Magdalena acredita que o melhor modelo é o meio termo entre o walled garden e o open garden. No walled garden o usuário não tem acesso a qualquer coisa que esteja fora do portal da operadora, já no open garden é o contrário.
O fato é que no Brasil, a bilhetagem e a cobrança é sempre feita pela operadora, dado o baixo desenvolvimento dos meios virtuais de pagamento. Por isso a operadora sempre tem uma participação na receita do conteúdo comprado.
?Sou favorável a esse modelo misto. A gente tem oferta de conteúdo, mas não consegue competir com uma agência de notícia, por exemplo?, diz ele. ?A navegação é muito baixa. Se eu restringir o acesso ao meu site e ele não achar o que procura, talvez não volte nunca mais?, completa Magdalena.