Segurança do Google sob fogo cruzado de especialistas

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Desde os ciberataques sofridos pelo Google em janeiro deste ano, investigações de todos os tipos têm apontado em diversas direções, ora indicando hackers como possíveis autores dos ataques, ora mencionando uma ação coordenada de governos insatisfeitos com a política anticensura do site de buscas.
A mais recente especulação vêm de especialistas ligados ao site, que pediram para não ser identificados, ouvidos pelo New York Times, que declararam que o ataque denunciado pelo gigante das buscas atingiu seu sistema central de senhas e afetou os serviços de e-mail Gmail. O sistema, chamado de Gaia, controla todos os acessos de usuários a todos os serviços do Google, e, segundo as fontes, é mantido sob completo sigilo.
Os informantes acreditam que o ataque se originou de uma conversa no serviço de mensagem instantânea da Microsoft, o Messenger, entre um funcionário do site na China dentro do escritório do Google e outra pessoa fora das dependências da empresa. Ele pressumem que o funcionário em questão recebeu um spam durante a conversa e acessou o link, permitindo que hackers entrassem em seu computador e, a partir dele, nos sistemas internos do Google.
De acordo com os especialistas, nenhuma senha do Gmail foi roubada ou sequer afetada pela invasão de dezembro, mas ela pode ter apontado problemas e fragilidades no sistema interno de segurança do Google, que nem a própria empresa deve saber. Os especialistas analisam que o perigo de um ataque do tipo é que, em se tratando de infraestruturas em cloud computing, como é a do site de buscas, uma única falha na segurança pode ser fatal para os negócios de uma empresa. Por isso, alertam: caso o Google não tenha conhecimento desses problemas, é melhor tomar alguma providência.
Google Buzz
A questão da segurança e privacidade dos usuários do Google tem, inclusive, gerado preocupação de vários países. A mais recente iniciativa da empresa que tem tirado o sono de vários deles é a criação da rede social Google Buzz. Um grupo de dez países enviou carta pedindo que o site imponha regras mais severas de segurança da informação para a ferramenta.
Segundo o texto, ao qual o The Wall Street Journal teve acesso, os países classificam o Buzz de inseguro, inadequado e de cometer abusos à privacidade de seus usuários. O documento, assinado por oficiais da área do Canadá, França, Alemanha, Irlanda, Israel, Itália, Holanda, Nova Zelândia, Espanha e Reino Unido, exige que o site de buscas crie ferramentas mais eficientes de proteção à privacidade dos internautas e torne mais fácil a forma de apagar as contas no Google Buzz. "A privacidade on-line não pode ser sobreposta pela pressa de se colocar novas tecnologias no mercado. Estamos preocupados com o fato de os direitos de privacidade dos cidadãos do mundo virem sendo esquecidos conforme o Google lança seus novos aplicativos", diz o texto.

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