Conheça cinco tendências em Automação para 2022

A automação está progredindo a uma velocidade como nunca antes vista. Tanto em termos do desenvolvimento acelerado da própria tecnologia em si, quanto nas suas formas de aplicação e consequente geração de crescimento e lucro para as empresas. Para tentar traçar um mapa do que está por vir num futuro muito próximo, ou seja, ainda neste ano de 2022, reunimos insights de analistas de mercado (Gartner, Forrester, IDC, Everest Group), parceiros, clientes, além de nossas próprias equipes de marketing, vendas, produtos, entre outras áreas para trazer as 10 principais tendências em automação, compiladas no relatório "2022 Trends: Automation Accelerates". Neste artigo, exploro cinco delas para ampliar a visão sobre o papel do RPA neste "novo mundo": 

Tendência 1: CIOs tomam as rédeas na automação  

Atualmente, 56% das grandes empresas têm quatro ou mais iniciativas de automação simultânea e 15% têm 10 ou mais, de acordo com o estudo do Gartner "Top Strategic Technology Trends for 2022, 2021". Com este novo cenário, o papel dos CIOs se expandiu. Espera-se que eles assumam essa liderança, esse papel de determinar como e de que forma a tecnologia será introduzia em toda a empresa. 

Eles precisarão, por exemplo, compreender se há iniciativas de automação em andamento e desconectadas entre si, avaliando como podem ser melhor centralizadas. Os CIOS deverão priorizar uma automação mais assertiva, de modo a garantir que seus investimentos na tecnologia impulsionem a transformação digital nas empresas, trazendo mais agilidade aos processos, eficiência e aumento de receita. 

Além de impulsionar a eficiência tecnológica, espera-se dos CIOs que gerem receita – de vendas e marketing a pedidos online e centrais de atendimento ao cliente.  

Tendência 2: Na batalha de convergência da plataforma de automação, o RPA vence 

Sabemos que há diversos tipos de automação no mercado, mas prevemos que a automação de processos robóticos (RPA) vencerá essa disputa acirrada. De acordo com outro estudo do Gartner, "Market Share Analysis: Robotic Process Automation, Worldwide, 2020, May 2021", o RPA foi o software corporativo que mais cresceu em 2019 e 2020, com receitas aumentando em 38,9% entre esses anos. 

Isso se explica porque as plataformas modernas de RPA de ponta a ponta oferecem recursos cruciais, como integração, gerenciamento e execução, governança de nível empresarial, ambientes de compilação low-code/no-code e suporte para escalonamento rápido. Além disso, a RPA liderou a automação da interface do usuário – uma tecnologia crítica que a maioria dos outras plataformas ainda estão se atualizando. 

Tendência 3: A automação chega ao topo e traz mais engajamento 

Hoje, uma grande empresa usa, em média, mais de 170 aplicativos diferentes. Eles até podem funcionar bem sozinhos, mas não funcionam bem uns com os outros e cabem aos funcionários preencher esses gaps, movendo informações entre os apps para garantir a consistência dos dados. 

Prevemos, ainda para 2022, que as empresas de ponta resolverão esse problema ao acrescentar uma camada de automação no topo dessa pilha de aplicativos, de forma a conectá-los, vinculando aplicativos e sistemas de registros— juntamente com os principais recursos de governança, manutenção e desenvolvedores. Com isso, as equipes poderão criar, testar e executar automações mais rapidamente, garantindo conexões rápidas, comunicação confiável e consistência de dados em todos os sistemas.  

Tendência 4: Just-in-time, fluxos de trabalho baseados em tarefas surgem como alternativas a fluxos de trabalho baseados em aplicativos de negócios 

Segundo o relatório do IDC, "FutureScape: Worldwide Developer and DevOps 2022 Predictions", de outubro de 2021, 25% do desenvolvimento de aplicativos voltados para funcionários serão substituídos pelo desenvolvimento sem código de tarefas just-in-time. 

Hoje, o trabalho acontece em uma série de aplicativos separados. O usuário extrai dados do Salesforce, por exemplo, coloca no Excel e processa no Workday. É um fluxo de trabalho pouco eficiente e que começa a dar lugar a um novo formato: as tarefas chegam aos funcionários como numa linha de montagem virtual de tarefas just-in-time, trazidas por robôs. 

Com isso, o trabalho é menos complexo e fragmentado e, portanto, menos tempo é desperdiçado. A linha de montagem fabril revolucionou a forma como o trabalho físico era realizado e o que poderia produzir. Acreditamos que as linhas de montagem virtuais podem ter o mesmo impacto no trabalho digital. 

Tendência 5: Centros de Excelência de Automação chegam para resolver o problema de implantação de IA 

De acordo com o estudo "Run:AI State of AI Infrastructure Survey", de 2021, 68% dos profissionais de TI e Inteligência Artificial dizem levar pelo menos um mês para implementar um novo modelo de IA e 1/5 tem 90% de seus modelos de IA sem uso. 

O que se sabe é que os investimentos em Inteligência Artificial vêm crescendo aos trancos e barrancos e ainda trazem pouco retorno. O principal obstáculos está em tirar esses modelos dos laboratórios e aplica-los ao ambiente de trabalho. O que está mudando é que cada vez mais organizações estão percebendo que a automação pode justamente ajudá-las nisso: em muitas organizações os CoEs de automação estão assumindo completamente a implantação de IA.   

Como vimos nessas cinco tendências, a automação está se tornando uma tecnologia empresarial essencial e o RPA (automação robótica de processos) vem no centro de tudo, expandindo seu papel, mudando a forma como as pessoas trabalham – inclusive os CIOS que receberam novas atribuições – introduzindo inovações que transformarão a tecnologia e a indústria. Cabe às empresas trazer essa possibilidade de transformação para o seu ambiente e vivenciar uma nova era de mais produtividade, eficiência, retorno de investimento e desenvolvimento dos seus profissionais.   

Diego Lomanto, VP Product Marketing da UiPath.