Ministro diz que país errou ao não investir em microeletrônica

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Os governos anteriores erraram ao considerar que o país não tinha oportunidade de competir na área de microeletrônica. A afirmação é do ministro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Resende, feita durante o IC Executive Summit, fórum sobre o setores de microeletrônica e semicondutores que acontece nesta terça e quarta-feiras (20 e 21/5), em Brasília.

?Foi um erro de avaliação, porque para termos tecnologia é preciso ter recursos humanos, gente formada, treinada. Nosso governo considera que o Brasil não pode abrir mão de nenhuma tecnologia. Temos 180 milhões de habitantes e, certamente, temos pessoas capacitadas para atuar em qualquer área, desde que haja investimento na formação e empreendimentos?, afirmou Resende.

O ministro explicou que, na década de 1980, o país chegou a ter 20 empresas de componentes eletrônicos. Com a abertura do mercado na década de 1990 e políticas que não incentivavam a produção nacional na área, hoje só existem três empresas do setor, mas nenhuma delas fabrica o semicondutor, elemento que pode ser tratado quimicamente, para transmitir e controlar uma corrente elétrica.

Para recuperar o prejuízo e atrair empresas do setor, o governo brasileiro criou o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis), com projetos de concessão de incentivos fiscais para empresas da área interessadas em se instalar no país. Além disso, também foram criados centros de treinamentos, para a capacitação de 1,5 mil profissionais especializados até 2010.

O presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Reginaldo Braga Arcuri, explicou que a instalação de uma fábrica dessas no Brasil requer investimentos de cerca de US$ 5 bilhões. Também seriam necessários cerca de 150 profissionais com nível de doutorado, especialistas em semicondutores, além de diversos outros em graus intermediários. ?O país ainda não conta com isso?, disse ele.

Resende estima que, a partir do fórum, que conta com representantes de grandes empresas, como IBM, Motorola e Toshiba, o Brasil possa ter, até o fim do ano, um posicionamento oficial para a instalação de uma fábrica no país. Ele afirmou que algumas dessas empresas, inclusive, já agendaram reuniões com o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, mas não quis revelar seus nomes.

Com informações da Agência Brasil.

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