Não importa o que você faça, há uma transição no seu futuro. Essa frase, extraída de um livro de planejamento estratégico, foi usada por Cássio Dreyfuss, vice-presidente do Gartner Group, para ilustrar a mudança de perfil que o diretor de informática (CIO) deve sofrer nos próximos anos.
Segundo ele, o executivo de TI terá de passar pela transição sem perder importância dentro da organização, mantendo a equipe técnica trabalhando de forma colaborativa para resolver os problemas da corporação.
?Não está claro o destino final do CIO, talvez ele seja um gestor de serviços da organização. Vai ter que criar, implantar e buscar uma melhoria contínua dos negócios? acrescentou.
Dreyfus abriu nesta quarta-feira, 20/6, a 4ª Conferência Anual de Outsourcing, cujo tema é ?Alavancando ativos e serviços de TI para melhores práticas de negócios?, no WTC em, em São Paulo, onde a questão de multisourcing foi o pano de fundo das discussões.
Saber gerenciar múltiplos fornecedores e ativos de TI é uma das tarefas que está no horizonte desse novo CIO. ?Não se trata de gerenciar contratos de hardware, software e aplicações, mas promover uma gestão complexa, com múltiplos objetivos – alguns até conflitantes ? disciplinando a combinação dessa gestão com o mercado.? explicou.
Um desses conflitos pode ser, por exemplo, aliar segurança máxima com o poder de gerar aplicativos com agilidade. ?São incompatíveis entre si?, exemplifica Dreyfuss.
Para ele o CIO deve trabalhar em quatro áreas para implantar o multisourcing com eficiência: novas estruturas e papéis organizacionais; construir modelos de governança para multisourcing; gestão de níveis de contrato e níveis de serviços; e gestão de demanda, processos e pessoas.
?O CIO terá que ter perfil diferenciado, conhecimento de negócios e habilidade comportamental para administrar conflitos?, finalizou o vice-presidente do Gartner.