Em resposta à invasão perpetrada nos sites do Pentágono, em abril, e de outros órgãos do governo dos Estados Unidos, em julho, o FBI anunciou ter prendido 16 pessoas por crimes cibernéticos, incluindo 14 supostamente envolvidas em um ataque on-line ao site PayPal, reivindicado pelo grupo de hackers "Anonymous". Estes foram indiciadas na Corte Distrital de San Jose, na Califórnia, sob a acusação de ter atacado o site de pagamentos em dezembro do ano passado, depois que a empresa bloqueou doações ao WikiLeaks, site de divulgação de documentos confidenciais de governos. Os suspeitos foram presos em dez estados diferentes.
Na ocasião do ataque, o grupo divulgou um comunicado incentivando seus parceiros a atacarem os sites que se voltaram contra o WikiLeaks, usando ferramentas que sobrecarregavam o tráfego.
Um outro homem foi preso na Flórida acusado de divulgar em uma conta no Twitter a invasão da página da Tampa InfraGard, órgão ligado ao FBI. Outra pessoa foi detida em Nova Jersey acusada de copiar arquivos da operadora norte-americana AT&T. Os documentos foram divulgados posteriormente por outro grupo hacker, o LulzSec, que se formou a partir do Anonymous.
Todos os detidos estavam usando um programa gratuito chamado Low Orbit Ion Cannon, segundo o New York Times, para interceptar pacotes de dados do site do PayPal com a finalidade de danificá-los. A sentença máxima para a acusação é de dez anos de detenção e US$ 250 mil de multa. Para o crime de conspiração a multa é a mesma, mas a pena máxima é de cinco anos.
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