Ferramentas, profissionais de TI e transformação digital

0

Não é mais novidade que o mundo passou por uma transformação digital acelerada, em todos os setores, por conta da pandemia causada pela Covid-19. Mas enquanto o país caminha a passos lentos na vacinação, dá para esperar que iniciaremos "normalmente" o ano de 2022? É uma resposta difícil, contudo as empresas estão se movimentando e investindo em tecnologias para garantir a sustentabilidade de seus negócios.

Atuar no digital oferece redução de custos operacionais, escala nas vendas e expansão territorial, mas você tem que ter uma equipe estruturada e utilizar ferramentas assertivas para entregar os pilares essenciais dessa transformação: valor agregado, segurança e experiência.

Segundo o estudo global da KPMG, 61% dos mais de 500 CEOs entrevistados, de 11 países, afirmam que seguem investindo em ferramentas digitais para oferecer uma experiência ao seu cliente: com 52% priorizando medidas de segurança de dados, 50% com foco em tecnologias centradas no cliente e 49% comprometidos com comunicações digitais, como videoconferência e trocas de mensagens.

E para suprir essa demanda cada vez mais é necessário profissionais qualificados do segmento. Há cerca de três anos, o número de vagas abertas no setor de TI era de 100 mil. Hoje são cerca de 200 mil oportunidades e a expectativa é que esse número chegue até 300 mil em 2024. Atualmente, somos o maior mercado de tecnologia da América Latina e a área de TI expandiu 5,5% em 2020, faturando U$344,68 milhões, de acordo com o IDC (International Data Corporation). Esse montante representa cerca de 3% do PIB brasileiro.

Para além de tecnologias e profissionais de TI, quando falamos em transformação digital há um fator essencial: mudança de mindset. Não adianta adquirir ferramentas se a operação não utilizá-las da forma correta. A famosa orientação a partir de dados, ou como denominamos uma empresa data driven, é quando a ação só será realizada após uma minuciosa análise de dados seguindo os indicadores.

Quando falamos em digitalização, logo lembramos de soluções como: inteligência artificial, big data, machine learning ou mesmo um produto digital disruptivo. Mas, na verdade, o que dissemina e cria uma cultura tecnológica é a mudança de pensamento, e isso começa pelos C-levels e tomadores de decisão, indo até a ponta da operação.

Empresas como Uber, Spotify, Amazon são marcas conhecidas por nascerem no mundo digital, mas não continuariam liderando o mercado se não houvesse um senso de metodologia e adaptação. Olha o que aconteceu com Yahoo e MySpace, por exemplo. Essas companhias, além de estarem inseridas no digital, buscam inovação em outras empresas e hubs de inovação. A Samsung investe milhões de dólares todos os anos em startups com o intuito de fomentar novas soluções para o seu negócio.

Transformação digital também se passa pelo (re)posicionamento. A Magazine Luíza é um belo exemplo disso: passou de uma varejista tradicional que vendia fogões entre outros eletrodomésticos, para uma marca referência na bolsa de valores. Nos últimos 18 meses, a companhia adquiriu a compra de 18 empresas de diversos segmentos, entre elas o Jovem Nerd, plataforma de comunicação Geek – o que mostra a ambição e intuito de englobar diversos públicos à sua marca.

A pandemia escancarou uma realidade: temos muito a percorrer. Mas como diz o ditado: "antes feito que perfeito". Se você não iniciou a transformação digital na sua empresa ou local de trabalho porque acha complexo ou não tem domínio sobre o assunto, apenas comece, pois essa transformação vai além de tecnologia, profissionais e termos técnicos. Ela começa na sua visão de valor, passa por uma simples planilha de excel até entender a dor do cliente e a ação que ele espera de você.

Manoel Souza, co-fundador e CEO da ateliware.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.