Sinergia das tecnologias aplicadas ao e-commerce

0

Transações eletrônicas existem desde o início da era computacional, mas naquele tempo elas eram muito diferentes do que conhecemos hoje. As primeiras lojas virtuais surgiram na metade dos anos noventa, nos Estados Unidos, e possuíam usabilidade precárias – não tanto pela falta de preocupação relacionada a isto, mas porque nem haviam ferramentas suficientes para se criar algo intuitivo. Os meios de pagamento também não eram tão comuns como hoje, aliás, cartões de crédito eram inacessíveis para a maioria das pessoas, assim como a própria internet. 

Felizmente, este cenário mudou. Cerca de 12% das vendas do varejo mundial são realizadas pela internet, nos dias atuais, e este número vem crescendo a cada ano. Desta forma, as ferramentas de tecnologia e os processos estão cada vez mais aprimorados. A preocupação com a usabilidade e a experiência do usuário tem permitido às ferramentas serem cada vez mais intuitivas, tornando a jornada de compra cada vez mais fluida e natural. Basta olharmos para o lado e perceber que nossos pais ou até mesmo nossos avós estão usando smartphones e desfrutando da tecnologia. 

Mas isso não se deu com um passe de mágica. Para que essa experiência fosse possível, foi necessário muito estudo e pesquisa (e continua sendo) acerca das ferramentas a serem aplicadas no e-commerce. Elas não são poucas e ainda há mais um detalhe: elas precisam trabalhar em perfeita sinergia para que o cliente tenha uma jornada de compras sem contratempos. 

Este ainda é um dos principais desafios do comércio eletrônico atualmente: contar com um ecossistema de ferramentas tecnológicas totalmente integradas, cujo fluxo da informação ocorra automaticamente, sem a intervenção de pessoas. Por meio delas, a informação é processada rapidamente e, assim, o pedido do cliente chegará mais rápido, além de não precisar de um grande efetivo para gerenciar o processo. Outra vantagem é o armazenamento de toda essa massa de dados, que podemos usar para montar relatórios e Dashboards que nos farão compreender melhor nosso negócio e nosso cliente. 

Todas as áreas de um e-commerce são fundamentais, não só a tecnologia. Mas garantir um cenário tecnológico integrado, com ferramentas que suportam alto volume de dados e entreguem alta performance, é uma base para que os demais departamentos possam trabalhar com segurança e focar no varejo. Esse ecossistema de tecnologias permite às pessoas atuarem nesse meio com mais produtividade, desde que sejam ferramentas bem calibradas. 

O que vemos quando não está tudo integrado é a troca de comunicação entre uma ferramenta e outra dependendo que uma pessoa salve a informação de um sistema e insira em outro — processo que é muito mais lento e passível de erros. No e-commerce, isto representa um verdadeiro pesadelo. 

Quanto maior for o business, mais ferramentas serão necessárias, por conta de suas peculiaridades. Para pequenos e-commerces, por exemplo, é interessante usar ferramentas que tenham várias responsabilidades. Atualmente, encontramos softwares que são ERP, Hub e plataforma de e-commerce em uma só ferramenta. Mas quando a escala da operação aumenta, são necessárias ferramentas mais robustas, e existe uma tendência de que quanto mais robusta é a ferramenta, mais específicas são suas features. 

No e-commerce, a fluidez da informação automatizada impacta diretamente nas vendas, primeiramente na questão de organização. O varejo online precisa de fluxos e dados organizados para que a maior preocupação não seja processar informação manualmente e sim focar em estratégias de vendas. Outro ponto é que a agilidade com que a informação é exibida para o cliente torna a experiência de compra melhor, fazendo-o se sentir seguro. Isso traz benefícios que vão muito além da venda em si. 

Para uma boa sinergia entre os sistemas, uma dica: investir em ferramentas que possuam APIs para se integrar, em pessoas que entendem o processo e as ferramentas e na harmonia entre as equipes de cada software. E não ter medo de fazer diferente, porque nem tudo tem uma receita pronta. É preciso testar novos caminhos, novas integrações, novas ferramentas e analisar qual se adequa melhor, criar softwares próprios se necessário. Mas lembre-se de que não é preciso "reinventar a roda". 

Quanto mais organizados forem os softwares e processos, melhor será a experiência de compra do usuário, informação em tempo real, clareza, usabilidade… Tudo isso aumenta a conversão do e-commerce e permite uma jornada de compras cada vez melhor. 

Marcelo Dantas, diretor de tecnologia da Estrela10.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.