Fonte familiar com a negociação de compra da GVT informou que a Vivendi ainda não decidiu se elevará a oferta feita pela Telefónica. No entanto, a operadora tem mantido contato com o a imprensa brasileira, o que é um indício de interesse no país.
Em 09 de setembro a Vivendi ofereceu R$ 42 por ação, o que equivale a uma oferta de R$ 5,4 bilhões pela totalidade das ações da GVT. Um mês depois a Telefónica contra-atacou com uma oferta de R$ 48 por ação e já agendou uma data para a oferta pública: dia 19 de novembro. "Não temos pressa, temos um mês para analisar", disse a fonte. "O que não vamos fazer é entrar em uma guerra de preço ou colocar em risco nossa política de dividendos", completou.
Se a Vivendi optar por fazer uma nova oferta, conforme norma da CVM, esta deverá ser 5% maior que a proposta da Telefónica, o que equivale a pelo menos R$ 50,40. Dentro destas condições, um cenário surge como imediatamente possível para o caso, ainda que improvável: a Vivendi pode fazer valer seu acordo com os acionistas controladores da GVT e comprar a fatia deles – que é de cerca de 30% – por R$ 42. Depois disso, a Vivendi se tornaria sócia da Telefónica no negócio, ou poderia revender essas ações para a Telefónica.
Essa é uma hipótese, entretanto, que tem poucas chances de acontecer porque a Vivendi não tem interesse em colocar em risco o bom relacionamento com os controladores da GVT, obrigando-os a venderem suas ações por um preço mais baixo. Além disso, a Vivendi não tem interesse em ser minoritária na GVT, dizem as fontes que falaram com esse noticiário.
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