Biometria de voz ajuda instituições financeiras na prevenção de golpes

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Em janeiro deste ano, um megavazamento de dados expôs a identidade de mais de 220 milhões de brasileiros, inclusive de pessoas já falecidas. Documentos como CPF, endereço e até fotos circularam livremente em fóruns online dedicados à compra e venda de dados pessoais na deep web, camada mais profunda da internet onde sites não são indexados. O vazamento dessas informações, cada vez mais comum, coloca a prevenção à fraude no topo da lista dos investimentos das principais instituições financeiras do país.  

Em 2020, principalmente nos segmentos de e-commerce, mercado financeiro e telecomunicações, o número de fraudes cresceu 54% em relação a 2019. De 106 bilhões de transações digitais foram feitas 3,5 milhões tentativas de golpe, segundo dados da Clearsale. De acordo com as análises feitas pela idwall, no estudo "Métodos de autenticação e recuperação de senhas na jornada do usuário", por ano, o setor privado no Brasil perde cerca de R? 30 bilhões em violações de identidade.  

Criada em 2017, a solução de biometria de voz da startup já ajudou o Banco Bmg a economizar mais de R? 6 milhões em fraudes desde junho de 2020. A Minds Digital , agora disponível para outros players do setor, projeta um crescimento de 200% no seu faturamento até o final de 2022. A ferramenta usa uma Inteligência Artificial que aprende a cada dia, além de modelos de Machine Learning para autenticar os clientes utilizando sua própria voz, identificando e prevenindo tentativas de golpes em todo o ecossistema do negócio, inclusive nos canais de relacionamento com o cliente. 

Segundo Marcelo Peixoto, CEO da Minds Digital, diante do alto investimento, a adoção da inteligência artificial, em conjunto com aprendizagem de máquina, era inacessível para diversas empresas do setor, mas isso mudou: com um modelo SaaS 100% em nuvem e de fácil integração a diversos CRMs em canais de relacionamento com o cliente, o custo para implantação de uma solução antifraude desse tipo se tornou muito mais viável. 

"Por termos uma solução SaaS, com precificação por chamadas à API, quanto maior é o consumo, menor é o custo por requisição. Com isso, conseguimos ajustar nossa precificação de acordo com o tamanho do cliente que nos contrata. Além disso, por sermos uma empresa brasileira, a contratação da plataforma é feita em moeda nacional, livre, portanto, das oscilações do dólar. Outro ponto importante é que temos um time de serviços muito forte que consegue customizar o produto junto com o cliente durante a implementação, criando e modelando soluções específicas para as particularidades de cada negócio", explica. 

Ao identificar uma operação suspeita, os algoritmos da startup conseguem emitir um alerta em tempo real para o atendente e time de prevenção. Desta forma, além de evitar prejuízos em fraudes, perdas e chargebacks, a tecnologia da Minds também ajuda a reduzir o tempo no atendimento em até 35%, aumentando as vendas e melhorando a experiência dos clientes que não vão precisar passar tanto tempo confirmando a identidade. 

"Nosso objetivo é oferecer melhores produtos para a sociedade utilizando uma inteligência artificial personalizada e mais humanizada no mercado financeiro, seguros e telecomunicações, melhorando a experiência das pessoas com segurança e confiança", finaliza o CEO. 

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