Após a terceira rodada de negociação salarial realizada nesta quarta-feira, 20, o Sindpd, sindicato dos profissionais de processamento de dados de São Paulo, e o sindicato patronal não chegaram a um acordo. O sindicato que representa as empresas de TI apresentou proposta de reajuste de 7% parcelado em duas vezes, o que não foi aceito pelo Sindpd. Diante do impasse, o sindicato dos trabalhadores realizará reunião nesta sexta-feira, 21, para debater possibilidade de greve da categoria no estado de São Paulo.
Na rodada anterior, o sindicato patronal havia proposto reajuste de 4% com parcelamento e escalonamento, e se recusado a repor a inflação de 2015 sob alegações como a "desaceleração no crescimento da economia, a alta da inflação e a instabilidade na manutenção dos empregos".
Para Antonio Neto, presidente do Sindpd, embora tenha havido pequena elevação do percentual de reajuste, o índice está abaixo da taxa de inflação e não representaria ganho algum à categoria, visto que sequer repõem as perdas salariais. "Não há conversa sem a reposição da inflação, isso é inegociável.
A diretoria do Sindpd se reunirá na sexta para debater os rumos da negociação salarial e expor a insatisfação dos trabalhadores. "As manifestações da categoria que chegam ao sindicato são unânimes no sentido de decretarmos a greve. Caso não ocorram avanços, este será o caminho inevitável", disse o presidente.
A expectativa da comissão do Sindpd é que os empresários reconsiderem o posicionamento adotado nas últimas rodadas e ofereça condições plausíveis para iniciar o processo de negociação. "Embora tenha apresentado crescimento um pouco menor, o segmento foi um dos poucos setores econômicos que continuam avançando. O que estamos pedindo é correção monetária, para assegurar a dignidade do salário da categoria", ressaltou Neto.
A quarta rodada de negociação está marcada para o dia 29 de janeiro.
Engraçado que em nenhuma notícia nós vemos o Antonio Neto, presidente do Sindpd, reclamar da alta carga tributária que o patronato paga ao governo. Sempre a culpa é do empresário mau, e o governo é sempre o bonzinho da história. Sou favorável a uma paralisação geral de TI para que o governo faça uma reforma tributária. As empresas não podem mais pagar 100% da CLT para o governo. O funcionário não pode continuar custando o dobro para as empresas.