A SPSS, fornecedora de soluções de data mining e análise preditiva, acaba de anunciar os resultados do quarto trimestre e do ano fiscal, encerrados em 31 de dezembro de 2005. A companhia registrou receita de US$ 62,2 milhões e lucro diluído por ação (EPS) de US$ 0,30. Esse foi o quarto trimestre mais lucrativo da história da empresa.
Em 2004, a receita no mesmo período foi de US$ 60,5 milhões e lucro por ação de US$ 0,20. Outro ponto de destaque do balanço se refere à receita operacional aferida no último trimestre do ano, que subiu para US$ 8,6 milhões, o que corresponde a 14% da receita total da companhia.
A receita do ano fiscal de 2005 totalizou US$ 236,1 milhões, com lucro por ação de US$ 0,85, contra US$ 224,1 milhões, ou US$0,31, registrados no exercício anterior. A receita proveniente de novas licenças cresceu 12%, atingindo a marca de US$ 107,6 milhões.
Já a receita operacional do ano fiscal chegou a US$ 28 milhões, ou 12% da receita total. Isso, segundo a empresa, se deve à combinação da receita recorde no quarto trimestre e a queda de 4% nas despesas operacionais, resultado de maior ganho de produtividade, gerenciamento de custos e geração mais eficiente de receita.
"A SPSS terminou 2005 de forma muito positiva e posso dizer, com orgulho, que esse é o melhor momento de sua história", comemora Jack Noonan, presidente e principal executivo da companhia. Ele acredita que há fortes indícios que a análise preditiva estará cada dia mais presente nos ambientes corporativos de TI.
Segundo estudo da IDC, publicado no ano passado, o segmento de análise preditiva irá crescer 8% anualmente durante os próximos cinco anos. ?A SPSS está preparada para atender à demanda do mercado. Nossa tecnologia oferece excelente retorno sobre o investimento para os clientes que a utilizam em aplicações críticas", conclui Noonan.
Somente no último trimestre do ano fiscal, a SPSS assinou vários contratos de licenças de software e serviço, entre eles com o ABN AMRO, Banco Popular North América, Departamento de Tecnologia da Informação e Comunicações da Cidade de Nova York, Janssen-Cilag, Publicis Groupe Media, Turner Broadcasting System e Vodafone.
Segundo a empresa, os resultados de 2005 foram obtidos graças à execução bem-sucedida de uma estratégia operacional que envolveu toda a companhia, que consiste em manter foco no aumento de receita, melhoria da produtividade e melhor relação custo-eficiência. ?Com fluxo de caixa e caixa recordes, a SPSS tem a solidez financeira e flexibilidade para continuar crescendo", destaca Noonan.
Para o primeiro trimestre deste ano, a SPSS prevê receita entre US$ 58 milhões e US$ 60 milhões. Já para o ano fiscal, estima receita total entre US$ 248 milhões e US$ 254 milhões, com lucro por ação entre US$ 0,98 e US$ 1,09.
A unidade brasileira da SPSS também fechou o ano com saldo positivo. Cresceu mais do que o esperado, conquistou novos clientes e ainda consolidou sua liderança frente às demais da América Latina, segundo Ricardo Ventura, presidente da SPSS Brasil. ?O ano de 2005 foi extremamente positivo para a SPSS. Superamos nossa meta de crescimento de 30%, que já era otimista, e alcançamos a marca de 61%?, comemora. Entre os novos clientes conquistados, ele cita a Credicard, Eletropaulo, Nextel e CTBC.
Para Ventura, a empresa está muito bem posicionada no mercado e totalmente preparada para atender ao aumento de demanda das empresas por análise preditiva. Um dado interessante que representa a importância dessa tecnologia e o quanto ela ainda tem a crescer é o fato de que, mais de 95% das 1000 empresas presentes na lista da revista Fortune são clientes SPSS. ?No Brasil, as áreas de negócios das empresas estão recorrendo cada vez mais à análise preditiva para elevar a eficácia de seus resultados?.
A área de treinamento da SPSS também registrou crescimento: 45%. ?Foi um ótimo resultado. Cerca de 700 pessoas foram certificadas?, revela Ventura. A empresa oferece cursos para utilização de ferramentas de análise preditiva e data mining nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.
A SPSS Brasil já traçou sua meta para 2006 e espera crescer 20% no Brasil. Apesar de modesta, a empresa prefere ser mais conservadora em suas previsões. ?Evidentemente, queremos repetir os bons resultados de 2005, mas não podemos esquecer que estaremos em ano de eleição e o mercado sempre acaba oscilando?, analisa Ventura.