A audiência de conciliação marcada pelo Tribunal Regional do Trabalho para a tarde desta sexta-feira, 21, terminou novamente sem acordo entre o Sindicato dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo (Sindpd) e o Seprosp, que reúne as empresas do setor. Diante do impasse, o dissídio coletivo da categoria vai a julgamento.
Por solicitação do TRT e do Ministério Público do Trabalho, o Sindpd concordou em suspender as paralisações que tiveram início hoje até a resolução, mas o estado de greve permanece, o que garante a estabilidade de emprego dos funcionários e a realização de novas ações — desde que sejam comunicadas 72 horas antes.
Durante a audiência, o TRT tentou uma conciliação e propôs que o Seprosp elevasse o reajuste salarial para 7,5% e de 8% para os pisos, o vale-refeição (VR) de R$ 15,00 diários para todos os trabalhadores e obrigatoriedade de abertura de negociação do plano de participação nos lucros e resultados (PLR) também para todas as empresas, patamares estes considerados como mínimos pelo Sindpd. O sindicato patronal não aceitou fechar acordo com esses índices.
O TRT levou em consideração os acordos fechados por empresas do setor com o sindicato, apresentando índices maiores que os propostos pelo Seprosp. Mais de 140 fecharam acordos desde o anúncio da greve. Entre elas, estão BRQ IT, Lan Designer, BSI informática, ABC Technology, Action W, Airon Inovação, Alliance – As Plus e Assurance. Os acordos alcançaram reajuste nos salários de 7,5% — 2 pontos percentuais de aumento real —, nos pisos de 8%, VR de R$ 15,00, sem desconto algum para os trabalhadores, negociação de PLR.
Balanço da greve
Embora não tenha divulgado números, o Sindpd disse que as paralisações do primeiro dia de greve da categoria atingiram grande parte do setor. Segundo o sindicato algumas empresas tiveram adesão total, respeitando apenas o contingente mínimo que determina a Lei de Greve. Como o caso da Prodam, responsável pelos sistemas de tecnologia da informação da cidade de São Paulo, onde todos os funcionários participaram da assembleia pela manhã para definir a escala de um terço do total de funcionários que deve permanecer em seus postos.
Na Fidelity, muitos trabalhadores não foram trabalhar. Em seis empresas de TI que prestam serviços para a Vivo — Indra, Getronics, Unicom, Uranet, TSI e TCP — a adesão também foi massiva, segundo o Sindpd.
Na Sonda IT, a PM foi chamada, entretanto, muitos ônibus que levam os trabalhadores até a companhia já chegaram quase vazios. A Connectcom também apresentou grande adesão, diz o sindicato. A empresa atende a Caixa Econômica Federal. Além delas, houve manifestações em frente à CPM Braxis Capgemini, Tivit, Datatix, Field, IMA, Evalue, Indra, Bematech, CNP, MV&P, HP, Totvs, Visioncom, Consinco, Smart APD, Hitech, Mega Sistemas, GFT, Visual, EmproRX, Folhamatic, Ledware, MSTECH e TODO GPI.
O Sindpd diz que outras unidades da Fidelity (Campinas, Jundiaí e Sorocaba), da Sonda (Campinas e São José dos Campos) e da Stefanini (Sorocaba e Campinas) também foram afetadas.
Não vi nenhuma manifestação nas empresas citadas. Parece que o SindPD quer mostrar mais serviço do que efetivamente faz, depois das denuncias contra seu presidente há alguns meses.
Denuncias de Corrupção neste Sindicato (que é presidido por um FERROVIARIO!)
http://www.anonymousbrasil.com/dossies/dossie-sobre-corrupcao-sindpd/
Não tinha ninguem em frente a TOTVS na sexta. O transito na Braz Leme era tão grande que nem quem queria chegar lá para trabalhar teve vida facil.