De acordo com a pesquisa "Global Consumer Survey: Consumer Trust and Security Perceptions" a adoção da mobile wallet é mais forte em regiões onde as opções de pagamentos eletrônicos são menos maduras, como na Índia (56%), Tailândia (51%) e México (38%), se comparadas à mercados de cartões mais maduros como nos Estados Unidos (17%) e no Canadá (14%).
No Brasil, a adoção da mobile wallet está em torno dos 36%. Em 2014, era de 19%. Parte disso é porque o número de telefones fixo caiu nos últimos anos, então os telefones celulares permitiram que os consumidores superassem os gaps na infraestrutura de comunicação e pagamentos.
Por aqui, a confiança na segurança da plataforma também está em 34%, mais que os 21% alcançados em 2014. Esse dado reforça que os consumidores tendem a adotar e confiar cada vez mais nas plataformas digitais. Ao mesmo tempo, traz um desafio para os negócios, pois as fraudes também vão migrar para o online.
Bancos, lojas e outras instituições financeiras devem ficar alertas e investir em segurança e na educação do cliente, para que nós possamos trabalhar juntos na prevenção de fraudes", diz Cleber Martins, diretor global de Solução de Pagamentos de Risco da ACI Worldwide.
No entanto, a confiança dos consumidores na capacidade das empresas protegerem as suas informações financeiros e de pagamento. Apenas nos Estados unidos (54%), Índia (60%) e Tailândia (51%) mais da metade dos compradores confiam que suas informações estão protegidas. No Brasil, 47% dos consumidores confiam nas empresas para proteger dados. Mundialmente, 43% dos entrevistados se sentem da mesma forma.
Por todas as regiões, a preocupação número um com segurança é o roubo por hackers. No Brasil, isso é uma preocupação de 32% dos entrevistados, seguido por preenchimento de formulários com número de cartão de crédito ou número da conta (20%) e compras online (14%).
Depois de vivenciar fraude ou violação de dados, 65% dos consumidores indicam que parariam de comprar com o comerciante com quem tiveram problemas. Em nosso país, esse número chega a 86%. Apenas 30% dos consumidores dos EUA acreditam que as informações da sua mobile wallet estão seguras – em 2014 eram 44%.
No geral, os consumidores acreditam que as lojas online estão mais preparadas para proteger seus dados que as lojas físicas. No Brasil, por exemplo, 45% dos entrevistados acreditam que as lojas físicas onde fazem compras utilizam um sistema de segurança que protege seus dados financeiros. Essa estatística aumenta para 67% quando falamos de um e-commerce. Nos Estados Unidos, o número para lojas físicas é de 66% e para lojas online, 81%.
Segundo a pesquisa, os brasileiros pensam que as grandes instituições financeiras são as que melhor protegem suas informações (57%), seguidas pelas grandes cadeias de lojas (16%) e bancos comunitários (14%). As instituições menos confiáveis são o governo (10%) e as pequenas empresas (3%), de acordo com os entrevistados.
Os consumidores, geralmente, estão dispostos a interagir com organizações para reduzir a fraude, e preferem se engajar com empresas via dispositivos móveis.]
Setenta e dois porcento dos brasileiros, 59% dos norte-americanos, 78% dos espanhóis e 82% dos sul-africanos preferem ser contatados pelo banco via telefone celular, em caso de atividades incomuns na conta bancária ou cartão;
Além disso, quando o banco encontra atividades suspeitas em uma conta, 86% dos brasileiros dizem que preferem que as instituições não permitam nenhuma transação até que o cliente responda ao alerta. Apenas 11% acredita que o banco deveria permitir transações consistentes com seu histórico e outros 3% concordam que o banco deveria permitir qualquer transação, mesmo depois de uma atividade suspeita.
Outro fator analisado foi a estratégia de educação bancária antifraude. 59% dos brasileiros afirmam que já receberam informações sobre prevenção de risco do banco, seja por e-mail, correio ou no site da instituição. Outros 37% não se lembram de ter recebido este tipo de material.