A pandemia de Covid-19 obrigou as empresas a repensarem a maneira como operam, voltando-se para a economia digital. Ela assumiu uma imensa relevância e foi preciso preparar-se às pressas para aproveitar as oportunidades que a tal 'transformação digital' trouxe.
Foi necessário voltar-se para plataformas habilitadas por tecnologia para garantir operações seguras que continuassem os negócios. E os resultados se refletiram no aumento de pedidos do e-commerce: 122% a mais em 2020, segundo a Câmara Brasileira da Economia Digital.
Os brasileiros mudaram seus hábitos desde o início da pandemia. Os gastos com delivery aumentaram 94% entre janeiro e maio. Já a demanda dos consumidores por serviços de entrega cresceu cerca de 250% em 2020.
A grande questão é que não são todos os tipos de empresas que estão dentro dos grandes aplicativos como iFood, Rappi, UberEats e Cornershop. O Brasil é um país de dimensões continentais e nem todas as cidades e regiões são atendidas por estas plataformas. Outro motivo são as altas taxas praticadas, que inviabilizam o serviço para muitos comerciantes – principalmente os pequenos.
Qual então é a saída para sobreviver com as portas fechadas ou enfrentando a redução drástica no movimento causada pelo isolamento social?
A solução é, mais uma vez, utilizar a tecnologia a favor dos negócios e fazer parte de um ecossistema utilizado por praticamente 100% dos brasileiros que possuem um smartphone: as redes sociais.
Aplicativos como WhatsApp, Telegram e Facebook Messenger têm sido uma verdadeira tábua de salvação. E não importa se a empresa é um restaurante, supermercado, farmácia, loja de armarinhos ou de materiais de construção: todos podem se beneficiar.
A utilização dessas plataformas permitiu que organizações acessassem mercados e segmentos de consumo mais amplos do que antes. Ao invés de atender apenas os consumidores do bairro, essas plataformas possibilitam aumentar o alcance da empresa. Basta contar com a ajuda de entregadores parceiros (caso o cliente não queira sair de casa) ou a pessoa buscar pessoalmente o que foi comprado.
O WhatsApp Business, por exemplo, ajuda os comerciantes a disponibilizar os produtos vendidos em um catálogo de serviços. Geolocalização do negócio e informações como endereço e horário de funcionamento também são recursos importantes. Mesmo que nenhuma das plataformas permita o pagamento pelo aplicativo, nada impede que o mesmo seja feito ao receber as compras.
E, ao contrário do que muitos pensam, essas aplicações dentro do WhatsApp, Telegram e Messenger vão muito além de apenas atender o público e vender. A integração com plataformas de serviços conversacionais permite uma infinidade de serviços diferentes como escolas aplicarem provas e disponibilizarem notas, empresas de logística atualizarem os clientes sobre o status de uma carga, agências de publicidade conduzirem pesquisas, fazerem promoções e clínicas médicas marcarem consultas e exames.
Uma gama tão diversa de serviços é possível pois esse tipo de hub se conecta com os sistemas internos da empresa, tais como ERP, CRM, BI e sistemas de logística, por exemplo.
Bom, não há dúvidas de que o mundo não será mais como o mesmo depois do coronavírus. Mesmo enquanto enfrentamos esses desafios, haverá novas oportunidades que podemos aproveitar! O segredo é alavancar os pontos fortes e se beneficiar de uma maneira positiva das principais mudanças provocadas pela pandemia.
Você já tinha pensado nessas possibilidades?
Marcos Abellón, criador da AnnA.