O ministro das Comunicações, Hélio Costa, participou, na quarta-feira (26/05), da segunda reunião do Conselho de Rádio Digital, que teve a participação de representantes do governo, do setor de radiodifusão, de movimentos sociais, da indústria e do meio acadêmico. O objetivo do ministro foi ouvir os pontos de vista e sugestões técnicas de cada setor para impulsionar a implantação do sistema no país.
Hélio Costa ressaltou o esforço do Ministério das Comunicações em definir, de forma democrática, o padrão de rádio digital a ser adotado até o fim do ano. Segundo ele, somente com esse empenho a indústria poderá se movimentar e levar o serviço à população. ?Se não andarmos depressa, estaremos decretando o fim do rádio, prejudicaremos a indústria e, principalmente, o ouvinte, o consumidor?, afirmou.
As principais questões apontadas na reunião dizem respeito à escolha entre o padrão americano (Iboc) e o europeu. O ministro lembrou que os detentores do padrão americano se comprometeram a não cobrar royalties dos radiodifusores brasileiros. A intenção dele é chegar a um modelo que atenda às necessidades do país, contemplando ondas médias e curtas. ?Não queremos fazer rádio digital para pouca gente. O projeto é fundamental para o crescimento e a integração do Brasil. Vamos buscar apoios e financiamentos, da mesma maneira que fizemos com a TV digital. Não é o consumidor quem vai pagar a conta?, destacou Hélio Costa.
O ministro afirmou que nenhum padrão foi escolhido. A Anatel vem desenvolvendo pesquisas em rádio digital há dois anos, sempre com participação pública. ?A preocupação do governo é com o cidadão, em como fazer a inovação chegar até ele o mais rápido possível?, enfatizou.
Hélio Costa lembrou que o espaço das rádios comunitárias está assegurado no processo de digitalização, e que ele defende um financiamento especial para essas emissoras.
