Ao lado de EUA e Japão, BRICs serão maiores mercados de ATM até 2016

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Uma pesquisa da consultoria RBR projeta que os BRIC – grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China –, ao lado dos Estados Unidos e Japão, como os maiores mercados de terminais de autoadentimento (ATMs) em 2016. Mesmo com a popularização dos meios eletrônicos de pagamento, como internet e mobile banking, o uso de dinheiro deve aumentar, com pouco impacto dos serviços substitutos.

A pesquisa apresentada nesta quinta-feira, 21, no Ciab 2012, evento de TI das instituições financeiras, contrasta com o levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Segundo a entidade, no ano passado, pela primeira vez, o uso de internet banking registrou crescimento superior ao uso de ATMs. A analista de pesquisa da RBR, Rosie Fitzmaurice, reconhece a existência de ameaças para diminuir espaço dos terminais de autoatendimento, mas pondera que esse fenômeno é muito maior nas cidades. "Como a população bancarizada é concentrada nessas áreas, os números ganham valores expressivos."

Para ela, a real oportunidade para a indústria de ATMs está nas áreas rurais. "No Brasil, há menos de mil ATMs para cada grupo de 1 milhão de habitantes. Não é um número considerado baixo, mas eles estão muito concentrados em centros urbanos, o que evidencia uma oportunidade de expansão para outras áreas dado o tamanho do país", analisa Rosie.

Para as cidades, ela vê como primordial o uso de novas tecnologias nos ATMs como meios de saque e pagamentos, para melhorar a experiência do usuário e, assim, continuar crescendo. "As pessoas não vão deixar de usar dinheiro e, quando as tecnologias de contactless, interação com celulares ou outros artifícios para as operações se popularizem nos terminais, eles serão cada vez mais usados, inclusive por contribuírem para redução dos custos operacionais das agências", conclui Rosie.

Os dados da RBR mostram um cenário distinto para os fabricantes de ATM. Enquanto no mercado mundial a NCR lidera com 29% de participação, seguida da Diebold (19%) e da Wincor Nixdorf (17%), no mercado brasileiro a Diebold domina com 47% de market share, sucedida pela Itautec, na segunda posição, com 30% de representatividade, e a Perto na terceira colocação, com 12% de quota de mercado. A NCR ficou com apenas 6% de participação. "Trata-se de diferenças regionais de cultura, que influenciam as práticas de negócio. É um quadro difícil de ter grandes mudanças", justifica Rosie.
 

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